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Turismo no Brasil: O nordeste virou o jogo

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Há algumas décadas, o brasileiro tinha o Rio de Janeiro como o seu único refúgio para as férias merecidas. Era glamuroso viajar ao Rio. Ainda nessa esteira, o estrangeiro, também, procurava viajar ao Brasil, tendo como referência a Cidade Maravilhosa e os municípios turisticamente reconhecidos naquele estado.

Nesse mesmo período, os estados do Nordeste, na sua grande maioria, embora fossem detentores de diversos atrativos turisticos, destacando as lindas praias, a gastromia, a cultura e a alegria do povo nordestino, eram rotulados por notícias veiculadas na mídia nacional como locais de pobreza, seca, desnutrição, etc., etc.

Ao longo desses anos, mais ou menos três décadas, alguns desses estados deram o pontapé inicial para promover e divulgar as belezas do Nordeste, envidando esforços na ampliação da logistica aérea nacional e internacional, apostando na Europa, estimulando a instalação de importantes investidores europeus, que fincaram as suas marcas elegantes e charmosos , em cidades pouco conhecidas, dando o tom da sofisticação no meio de hospedagem e do lazer. Isso oportunizou novas frentes de trabalho para os profissionais do turismo, aumentou a arrecadação tributária e proporcionou uma maior visibilidade desses destinos no cenário nacional.

A partir de então, os carros chefes do turismo brasileiro, para o lazer, passaram a ter nomes nordestinos. O que dizer da Bahia com as suas belas praias e seu Carnaval que roubou a cena do único protagonista, de muitos anos. Ceará e Pernambuco, que além das praias com sol 365 dias, oferecem uma gastronomia riquíssima e um artesanato ímpar, quebraram paradigmas, sobretudo no universo turístico nacional, se apresentando ao turista brasileiro como opção para as férias das famílias, e, atualmente, são destinos consolidados nos portifólios das grandes operadoras nacionais e internacionais.

Esses estados arrastaram outros menos competitivos, por meio de uma estratégia de gestão compartilhada, e hoje, o Nordeste do Brasil é uma região conhecida e reconhecida no Turismo Mundial. Mas, isso só tornou-se realidade, porque houve uma sintonia e a vontade política dos governantes, embora saibamos que não foram e não são todos que envidaram e envidam os mesmos recursos e os mesmos esforços intelectuais, para essa conquista.

Sem embargo, sabemos que o Rio de Janeiro, mesmo diante do cenário político negativo que vive, ainda preserva a sua imagem, inconfundível, de Cidade Maravilhosa e Portão de Entrada para o turista internacional. Mas, no ritmo em que esses estados nordestinos estão avançando, uma coisa eu tenho certeza: Capitais como Salvador, Fortaleza e Recife que tiraram a região do anonimato, do isolamento aéreo, e projetaram as suas imagens para o turismo mundial, conquistando relevantes investimentos em equipamentos de infraestrutura turística e de lazer, não resta dúvida de que esses destinos assumiram o protagonismo no Turismo Brasileiro.

Quando o Turismo é levado a sério pelos tomadores de decisão, alguma coisa acontece de bom para o povo e para quem visita o local. Como sempre repito: “A cidade só é boa para o turista, quando é boa para quem vive nela!”

Tenho dito!

Oreni Braga
Especialista em Ecoturismo e
Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental


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