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AMAZÔNIA INTERNACIONAL: TÃO RICA & TÃO POBRE

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A Amazônia Internacional onde está localizada a Floresta Amazônica, também chamada de Selva Amazônica ou Floresta Pluvial,  é uma área que abrange 7 milhões de quilômetros quadrados, sendo que mais de 60% desse patrimônio estão localizados no Brasil. Desses, o Amazonas é detentor de 1 mihão e meio de quilômetros quadrados, sendo maior, em extensão territorial, que os 9 Estados da Região Nordeste, e do que a Europa Ocidental, considerado o décimo sexto maior país do mundo, por sua extensão.

Esse Amazonas, PATRIMÔNIO, ainda esquecido e inexplorado, no bom sentido, é claro,  é detentor da maior Bacia Hidrográfica da terra. Presta um serviço incomensurável para a humanidade, quando as suas florestas absorvem os gases de efeito estufa,  protegendo a camada de ozônio e evitando uma catástrofe maior no planeta. Além disso, nessa região, estão respostas para a cura de inúmeras doenças que a humanidade enfrenta, atualmente, e de outras que ainda irá enfrentar, pois dispõe de um acervo incontável de plantas medicinais que são, costumeiramente, usadas pelos homens caboclos e indígenas, e que de forma acanhada, já são objetos de estudos, pela alopatia.

E o que dizer da diversidade da Ictiofauna, que oferece mais de 2 mil diferentes espécies de pescados, dos quais, poucos são explorados para o consumo, e nada explorado para um mercado internacional que está ávido para matar a fome de muitos, principalmente o mercado chinês, africano e indiano. Enquanto no Amazonas, o caboclo se dá o luxo de não comer a branquinha ou o cubiu, o africano come ratazana assada e bolacha de argila. Os pescadores da Amazônia, descartam  toneladas de pescados que não são comercializados e toneladas de peixes menos nobres. Que desperdício!  Como uma região tão rica pode ter mais de 45 municípios com um IDH baixo, e alguns dos 61, com o pior do país? Que legado ficou para o povo do interior com o Terceiro Ciclo e com a Zona Franca Verde?

O Estado se defende com  “espingarda de um  único projétil”, diante dos “tiros de metralhadoras” que a região Sudeste direciona para a Zona Franca de Manaus. Rasteja “sangrando” em busca de um esconderijo no Planalto, mas chegará o momento em que os médicos de plantão, por certo, não vão querer mais atender esse paciente, pois o Paraguai afrontando a bondade fiscal das autoridades brasileiras, está cortejando, sutilmente, os empresários nacionais e internacionais, para aquele país, deflagrando a necessidade de um salvamento não mais de um único paciente (ZFM), mas da Indústria Brasileira, em geral.

E ai minha gente? Vamos voltar ao Porto de Lenha?  Se pensarmos em produtos madeireiros, embora as empresas exportadoras tenham obtido um crescimento na exportação, em 2016, muitas delas fecharam as suas portas por não ter a oferta da matéria-prima e de financiamentos adequados para o setor. E o Pescado? Só em 2016, o Amazonas importou 150 milhões em pescado de outros estados. Mesmo exportando peixes de couro e outras espécies, não é competitivo.

Sem entrar no mérito dos demais recursos, nos resta o Turismo. O que dizer dele? Embora não receba a devida importância (orçamento adequado aos desafios), durante toda a sua trajetória, o setor já demonstrou que é possível mudar o cenário econômico caótico que o Estado enfrenta. O Amazonas, se quiser, pode se tornar uma potencia mundial no Turismo. Basta que o governante deste Estado tome uma posição e priorize o Setor. Recursos Naturais e Culturais, tem de sobra.  Mas, tem que investir em infraestrutura básica e de apoio ao turismo; melhorias no acesso aos municípios (estradas e aeroportos); capacitação e qualificação de pessoas, de modo permanente; promoção e divulgação da Marca Amazonas, no Brasil e no Mundo.

Se não for assim, vamos continuar nos defendendo com a espingarda de um só projétil!

Tenho dito!

ORENI BRAGA

Especialista em Ecoturismo

Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental

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