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Condomínios fechados estão sendo alvos de assaltantes em Manaus

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condominio_fechado_para_venda_em_manaus_am_tarum_3590065472773031308Com assaltantes cada vez mais ousados, aumentaram os casos de roubos e furtos a apartamentos em condomínios fechados, em Manaus, neste ano. Nos primeiros oito meses de 2016, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) registrou esse tipo de crime em 12 residenciais da cidade, enquanto que, no mesmo período do ano passado, cinco condomínios foram alvos de assaltantes.

Uma das prioridades de quem mora em condomínio é a segurança. Esse foi o principal motivo que fez o servidor público Hudson Silva, 35, sair da antiga casa, no bairro Vila da Prata, na zona oeste da capital. Há duas semanas, no entanto, o servidor teve o apartamento furtado, no condomínio Parque Sabiá, no bairro Dom Pedro 1, zona centro-oeste de Manaus.

Os ladrões, segundo Silva, forçaram a porta de entrada do apartamento e levaram quase todos os aparelhos eletrônicos, um prejuízo estimado em R$ 12 mil. Segundo Hudson, três videogames, uma televisão de 55 polegadas, joias, furadeira, ferramentas e até mesmo uma mala com roupas foram furtados pelos criminosos que entraram e saíram do condomínio sem serem notados.

A decisão de ir morar no condomínio veio após Hudson ter passado por uma experiência parecida. Segundo o servidor, há seis anos, a mãe dele foi rendida por assaltantes armados dentro de casa. “Posso falar que, depois de ver um ente querido morrer, essa foi a pior experiência da minha vida. Ver minha casa toda revirada foi desesperador. Me mudei de bairro porque já tinha passado por isso. A gente não tem segurança dentro da própria casa”, disse.

De acordo com o servidor, a sensação de insegurança continua. Na primeira noite após o furto, além da troca da fechadura, latas foram espalhadas pelo apartamento e um botijão de gás foi colocado na frente da porta principal, na esperança de atingir um nível maior de segurança. “Comprei um kit de câmeras e espalhei pela casa e apenas uns três dias depois (do roubo), consegui dormir. Comprei um kit de alarmes também pra me sentir mais seguro. A gente paga R$ 500 de condomínio e ainda tem que fazer um ‘bunker’ (abrigo blindado) dentro de casa para poder dormir”, disse.

Conforme a SSP-AM, os condomínios que registraram assaltos, neste ano, estão localizados em bairros como Chapada, Flores, Parque 10 de Novembro, Lagoa Azul, Tarumã, Colônia Terra Nova, Lírio do Vale, Crespo, Ponta Negra e Tarumã-Açu.

Em julho, três homens morreram após terem entrado em confronto com policiais do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) dentro do condomínio Jardim Santorini, na Estrada do Turismo, no Tarumã, zona oeste de Manaus.

Segundo informações do coordenador do Fera, investigador Edilei Rodrigues, a equipe de segurança de condomínio entrou em contato com um policial civil, que mora no local, informando que um grupo havia entrado no condomínio. O policial solicitou apoio dos policiais do Fera e, após buscas, os policiais conseguiram localizar os suspeitos que estavam armados e, segundo o investigador, reagiram à abordagem policial.

Delegado afirma que número de casos é maior

Para o delegado da Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), Adriano Felix, houve um aumento no número de assaltos a casas na cidade, mas, muitas pessoas ainda deixam de fazer o registro policial por medo dos criminosos. Este ano, de janeiro a agosto, segundo dados da SSP-AM, 54 pessoas registraram ter sofrido com o roubo a casas. No mesmo período do ano passado, eram 62, o que, segundo os dados oficiais, significa uma redução de 12%.

De acordo com Felix, as quadrilhas agem com informações privilegiadas trazidas por funcionários da moradia. Os criminosos ainda se utilizam de postagens em redes sociais para saber a rotina da família. “Não indico que o empresário ou a pessoa se utilize de cofres dentro de casa, mesmo que não tenha nada dentro, para não atrair a atenção dos bandidos. Ao viajar, também não deixar a luz acesa, noite e dia. Evitar ostentar joias e viagens, carros”, orientou.

Nos condomínios fechados, segundo o delegado, os assaltantes se utilizam de artimanhas diferentes – como os disfarces de serviços comuns nos prédios. Vestidos como técnicos de empresas de internet, de TV a cabo, de bufê e até mesmo com uniforme de servidores públicos, os criminosos ficam livres de qualquer suspeita para entrar no condomínio fechado.

Na avaliação do delegado, a falta de treinamento e orientação aos funcionários também contribui para ação. “No mês passado, em um condomínio do Vieiralves, a própria secretária liberou a entrada dos assaltantes que se passaram por entregadores de um restaurante, sem consultar os donos da casa. Os assaltantes subiram até o 13º andar do prédio e renderam todos os moradores do apartamento. Quer dizer, isso não pode acontecer, de liberar a entrada das pessoas sem autorização”, disse.

Informações e matérias do Portal D24 http://new.d24am.com/noticias/amazonas/cresce-numero-roubos-furtos-condominios-fechados-manaus/158691


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