Celular apreendido com filho de ‘Betinha’, que poderia incriminar Alejandro Valeiko, some misteriosamente da Perícia
Manaus– Nesta sexta-feira (19/11) foi vazada a informação do desaparecimento do celular apreendido com Alejandro Valeiko, investigado suspeito do envolvimento no assassinato brutal do jovem engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos. O aparelho telefônico possuía informações vitais que poderiam servir como prova para incriminar o filho da ex-primeira dama de Manaus e estava guardado no Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Amazonas do Estado do Amazonas.
Mistério e “Lei do silêncio”
A direção do Instituto da Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o sumiço do celular e há indícios que os próprios funcionários do local estão com medo de falar sobre o assunto, conforme relata o comunicador Antônio Zacarias.
Tentando salvar o pescoço
No dia 11 de junho de 2021, o juiz Celso de Paula, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, autorizou acesso ao conteúdo do celular da ex-primeira-dama de Manaus, Elizabeth Valeiko, e do genro dela, Igor Ferreira. A decisão foi proferida a fim de investigar mais a fundo o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues, em setembro de 2019.
Desde aí, fontes relatam que ‘Betinha’ está mais ‘cabreira do que nunca’ por continuar na mira da justiça.
São três celulares e um tablet a terem seus conteúdos analisados, ao todo. De acordo com a decisão, embora não sejam réus no processo, Elizabeth Valeiko e Igor Ferreira são parentes próximos de Alejandro Valeiko, principal acusado do crime.
“[…] uma vez que os aparelhos foram apreendidos após o crime e precisam ter seus conteúdos expostos nos presentes autos, pois pertencem a pessoas que, embora não sejam réus no processo, são parentes próximos dos acusados. Defiro, pois, o pedido do Ministério Público”, diz trecho do documento.
Eleições
Na última segunda-feira (15/11), o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) também lançou a candidatura ao Senado Federal da ex-primeira dama Elizabeth Valeiko, que é suspeita de comandar o maior esquema de corrupção na Prefeitura de Manaus quando seu marido era prefeito, além de vários escândalos envolvendo sua família, inclusive o caso Flávio. A manobra, caso seja eleita puxada pelas cota das insígnias partidárias proveniente das articulações do Partido, pode trazer imunidade parlamentar à Betinha e salvá-la do risco de cair no xilindró. No entanto, isso só acontecerá se Valeiko mantiver a ‘ficha limpa’, ou seja, não for formalmente acusada e investigada em crimes que envolvam os escândalos ligados ao seu nome.
Se isto tem algo haver com o sumiço do celular do filho no Instituto da Polícia Civil do Amazonas, o que já configuraria um delito por obstrução do trabalho da Justiça e ocultação de provas, não podemos afirmar. Mas os eventos encaixam em uma linha de investigação que a própria Perícia deveria averiguar.
Com auxílio de informações do À BRONCA DO ZACA, do Portal do Zacarias