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Caso Melquisedeque: avó de jovem assassinado no ônibus 444 faz revelação dramática para o CM7; veja

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Manaus — Após mais de um mês do assassinato de Melquisedeque, sua ‘mãe avó’ Zuma Santos, de 53 anos, faz uma revelação dramática e comovente ao Portal CM7 Brasil. A indígena Sateré Mawé volta a pedir justiça e diz que tem passado necessidade ‘ele era o homem da casa’. Até o momento, apenas um dos criminosos foi preso.

“Eu quero uma resposta. O ‘Melque’ trabalhava para me dar o melhor e sempre pensava na comunidade, agora são só lembranças. Isso não pode ficar assim. Hoje a minha preocupação é ver que eles estão soltos. Tenho sobrinhos que trabalham, fazem a mesma rota, e fico com o coração apertado”, lamentou a avó enquanto as lágrimas escorriam em seu rosto.

Para não passar fome, Zuma está vendendo artesanato que o próprio neto ensinou para ela. “Tô aqui tentando viver. Ele chegava do trabalho e já me ajudava em casa. Uma das coisas mais tristes é que não sei ler, e meu neto me ajudava com muita paciência. A justiça de Deus não vai falhar. A dor é diária, por outro lado, fico feliz por ele realizar um pouco do sonho dele que era trabalhar”, desabafou para o CM7.

Relembre o caso

O crime aconteceu na noite de quinta-feira, dia 16 de dezembro de 2021, o jovem indígena, Melquisedeque da Silva do Vale, de 18 anos, foi assassinado a tiros durante um assalto ocorrido na linha de transporte coletivo 444, no bairro Tarumã, zona Oeste da capital amazonense.

De acordo com informações repassadas por testemunhas, a vítima estava voltando do serviço, quando um trio de criminosos armados adentraram o ônibus e anunciaram o assalto. Ao ser abordado por um ladrão, Melquisedeque se recusou a entregar o telefone celular, momento em que levou um disparo de arma de fogo na cabeça e morreu na hora.

A vítima era natural de Manaquiri, dos povos indígenas Sateré Mawé, e trabalhava como menor aprendiz nas lojas Bemol. Ele havia acabado de receber o ‘kit’ natalino da empresa. A imagem do panetone, ao lado de uma pequena árvore de Natal e um capacete de Equipamento de Proteção Individual (EPI), foi uma das cenas que mais comoveram os presentes no local do crime.

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