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Risco de turista pegar zika nas Olimpíadas é de 3 para cada 100 mil, diz estudo

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RIO — O número de turistas infectados por zika na Olimpíada do Rio deve ser de 3 para cada 100 mil, como mostrou um estudo realizado pelo professor de patologista da Faculdade de Medicina da USP, Eduardo Massad. Ele calculou o risco de os visitantes contraírem dengue ou zika durante a estadia na cidade. De acordo com a pesquisa, no mês de agosto, a chance de uma pessoa ser picada pelo aedes aegypti é de 3,5% contra 99,9%, no período do carnaval. Massad explica ainda que a probabilidade de o mosquito estar infectado pelo vírus é mínima.

— O risco individual de dengue é da ordem de 5 para cada 10 mil pessoas. A zika é de 3 em 100 mil. Se vierem 500 mil pessoas para o Brasil, espera-se ter 15 casos de infecção por zika e 250 por dengue. Esses casos são de pessoas infectadas. Casos clínicos, os quais a doença se manifesta, são ainda menores. — explicou o professor em um vídeo divulgado na internet.

Massad comparou os números a outras estatísticas, em que a probabilidade é parecida. Segundo ele, baseado em dados oficiais, o risco de uma mulher em visita ao Rio ser estuprada é da ordem de 3,5 para cada 10 mil. Já a probabilidade de um homem levar um tiro e morrer na cidade é de 3,8 para cada 10 mil, ou seja, equivalente ao risco de pegar dengue. No entanto, esse número é 15 vezes maior que o risco de contrair zika.

— Se as pessoas decidirem não vir para o Rio (nas Olimpíadas) têm outras razões, que não a zika. E grávida? Grávida não é para vir e ponto. Porque, de fato, não gostaria de vê-las nesses 3 a 15 casos. — recomenda.


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