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Presidente da Anac diz que crise não vai afetar concessões de aeroportos

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BRASÍLIA – A Operação Lava-Jato e o aprofundamento da crise política não ameaçam as concessões de quatro grandes aeroportos, previstas para este ano, na opinião do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys. O que pode interferir no andamento dos leilões é a vacância no comando da agência. O mandato dele e de mais um diretor termina em menos de duas semanas e o governo ainda não decidiu quem indicar.

 

— Para as concessões, a gente precisa de quorum para fazer todos os procedimentos. Só vão ficar dois diretores — justificou Guaranys ao sair de uma reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir o assunto.

A indicação de novos nomes para a Anac tem de ser aprovada pelo Congresso Nacional, que está mergulhado na crise política após a fase mais recente da Operação Lava-Jato que atingiu em cheio o PT e o Palácio do Planalto.

Para fazer as concessões, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem da aprovar o processo e o cronograma dele e os diretores da Anac devem julgar esses estudos. Para isso, é preciso ter quorum. A intenção do governo é conceder todos os aeroportos de uma única vez. São empreendimentos em quatro grandes capitais: Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre.

De acordo com Guaranys, o Brasil tem a capacidade de dobrar o número de passageiros nos próximos anos. E nem mesmo os recentes capítulos da crise política devem ser capazes de tirar o interesse do investidor.

— Os projetos são projetos de longo prazo. São projetos de 30 anos. Problemas conjunturais que estamos vivendo não devem afugentar (os investidores) — frisou Guaranys, que completou:

— O processo é atrativo. A gente espera ter um número bom de concorrentes.

Marcelo Guaranys prepara a saída da Anac e sua volta para os quadros do Tesouro Nacional, de onde foi cedido.


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