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Meta fiscal de 2017 deve ser déficit de R$ 160 bilhões

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BRASÍLIA – A meta fiscal de 2017 deve ser um déficit primário de R$ 160 bilhões. Interlocutores da equipe econômica afirmaram ao GLOBO que o presidente interino Michel Temer ainda vai bater o martelo, mas que o número já está praticamente fechado. Esse rombo é apenas R$ 10,5 bilhões inferior ao previsto para 2016, de R$ 170,5 bilhões, mas foi considerado o número mais realista a ser apresentado ao mercado diante da realidade das contas públicas.

— Não dá tempo de fazer milagres. A ação principal é mudar a tendência. Já é um grande mérito que o déficit pare de crescer — afirmou um interlocutor do Palácio do Planalto.

O governo fez cálculos que mostram, por exemplo, que as despesas da Previdência Social terão um aumento de R$ 56 bilhões em 2017. Isso se deve apenas à reposição da inflação nos benefícios e ao impacto do crescimento vegetativo nesses gastos.

— Só para bancar esse gasto (com Previdência) seria preciso ter duas CPMFs — lembrou o interlocutor.

Embora conte com a ajuda de receitas de concessão e venda de ativos, a equipe econômica sabe que esses recursos – que podem render entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões – não serão suficiente para reduzir significativamente o déficit de 2017. Segundo os técnicos, sem a arrecadação com essas operações o rombo do ano que vem poderia até mesmo ultrapassar o de 2016.

Para minimizar o déficit, o governo também deve incluir nos seus cálculos de receita uma elevação da Cide (contribuição que incide sobre o setor de combustíveis). A estimativa de arrecadação adicional é de R$ 3 bilhões. Como esse é um tributo regulatório, ele pode subir por decreto e não depende de aprovação do Congresso.


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