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FMI pede plano global de estímulo econômico ao G-20

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WASHINGTON – O G-20 precisa planejar um programa coordenado de estímulo econômico para evitar que a desaceleração global fique estagnada, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta quarta-feira. O documento foi preparado para autoridades do grupo que se reúne em Xangai esta semana em meio a problemas mundiais: queda nos mercados acionários, moedas voláteis e sinais de enfraquecimento econômico.

“O G-20 precisa planejar agora um apoio coordenado de demanda usando o espaço fiscal disponível para fomentar o investimento público”, disse o FMI.

Em janeiro, o FMI cortou sua previsão para o crescimento global em 2016 de 3,6% para 3,4%. A equipe da instituição no relatório desta quarta-feira afirmou que uma nova redução deve ocorrer em abril.

O evento na China já está sendo comparado à reunião em abril de 2009, quando as autoridades mundiais das Finanças concordaram com estímulos coordenados para prevenir uma depressão global durante a crise financeira mundial.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, minimizou as expectativas para um plano emergencial do G-20 esta semana, afirmando à Bloomberg TV que algumas economias mundiais estão indo melhor do que o esperado e que os investidores não devem “esperar uma resposte à crise em um ambiente sem crise”.

No entanto, o FMI afirmou que o crescimento econômico global está desacelerando e as condições financeiras se apertando para economias emergentes, nas quais os exportadores de commodity são prejudicados pela diminuição do ritmo do desenvolvimento da China.

“Esses desenvolvimentos apontam para riscos maiores de uma recuperação descarrilhada”, diz o relatório.

Governos ao redor do mundo podem precisar criar novos mecanismos de ajuda financeira para apoiar alguns mercados emergentes e países exportadores de matéria-prima que são altamente vulneráveis a reversões do fluxo de capital, sustenta o FMI. A instituição vai conduzir uma revisão este ano sobre como os países devem gerenciar os fluxos de capital, com foco nas fontes e nos destinos do dinheiro.

Outro fatos que prejudicou economias emergentes foi a fuga de capital de investimento de países mais pobres para os Estados Unidos após a elevação das taxas de juros em dezembro — a primeira em sete anos de juros perto de zero. O movimento enfraqueceu as moedas de mercados emergentes, tornando suas exportações mais caras em período de menos demanda por commodities.

O FMI também pediu às economias avanças para depender menos de políticas monetárias e mais nas fiscais para estimular o crescimento. O órgão disse que as economias emergentes deveriam adotar taxas de câmbio flexíveis quando viável e usar intervenções cambiais estrangeiras somente de forma temporária.


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