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Concessão de novos empréstimos caiu 25% em janeiro, diz BC

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BRASÍLIA. A recessão econômica bateu em cheio no mercado de crédito no Brasil em janeiro. Cautelosos, os bancos emprestam menos e com taxas recordes. A concessão de novos empréstimos para famílias e empresas despencou 25%. Os juros pagos pelas pessoas físicas, por exemplo, com créditos livres (sem contar os financiamentos da casa própria) subiu de 63,7% ao ano para 66,1% ao ano apenas no mês passado. É a maior taxa desde quando o Banco Central passou a registrar os dados em 2011. Todas as modalidades de crédito estão mais caras. A inadimplência desse tipo de crédito aumentou de 6,1% para 6,2%: o maior patamar desde setembro de 2013.

Com renda menor, o brasileiro deixou de pagar prestações do carro, boleto de compra de bens, parcelas do cartão de crédito, CDCs e até mesmo o financiamento da casa própria. O nível de calote de empréstimos habitacionais, por exemplo, subiu e passou de 2% para 2,1% em janeiro.

Os bancos tiveram um leve aumento do custo de captar dinheiro e na hora de repassar para os clientes cobram muito mais: um reflexo do cenário de crise econômica e de perspectivas ruins para o país neste ano. Com uma possível forte alta do desemprego neste ano, as instituições cobram mais.

Assim, as taxas de juros dispararam. Todos os tipos de empréstimos estão mais caros. Até mesmo o consignado em folha de pagamento. A taxa subiu, em média, de 28,8% ao ano para 29,3% ao ano.

O brasileiro que não consegue sair do cheque especial paga 292,3% ao ano. É 5,3 ponto percentual do que tinha de arcar em dezembro. É o maior percentual desde 1994.


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