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Aprovação de projetos vão gerar mais de 3.500 empregos no Polo Industrial de Manaus

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Manaus – A promessa de recuperação da BR-319 e a preservação da Zona Franca de Manaus, além da intenção manifesta de abrir a Amazônia para exploração das suas jazidas minerais, marcaram a participação do presidente Jair Bolsonaro na 287ª reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), nesta quinta-feira, em Manaus. Na opinião do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, a importância da reunião está, também, no restabelecimento do calendário de reuniões do CAS e no destrave do próprio conselho com a aprovação de projetos que estavam parados e vão gerar mais de 3.500 empregos a médio prazo no Polo Industrial de Manaus.

Para o superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, a presença de Bolsonaro na reunião do CAS, a primeira do ano e também a primeira com a participação de um presidente da República em dez anos, foi uma demonstração do prestígio da Zona Franca de Manaus junto ao governo federal

Menezes anunciou entre as primeiras medidas da Suframa, em sua gestão, a simplificação na análise e fixação dos processos produtivos básicos (PPBs), por meio de portaria interministerial assinada na semana passada, que era uma das principais reivindicações do segmento industrial.

A 287ª reunião da CAS marcou também uma tomada de posição dos governos dos Estados da região Norte em defesa da Zona Franca de Manaus, por meio da presença dos governadores de Roraima, Rondônia e Acre, além do Amazonas, com os quais Jair Bolsonaro se reuniu a portas fechadas antes do evento.

O governador do Acre, Gladson Cameli, disse que é importante fazer a defesa do modelo da Zona Franca de Manaus, primeiro pelo retorno que proporciona à economia, depois pela integração regional. “A Zona Franca não é apenas de Manaus, ela é do Brasil, assim como é do Brasil o lavrado de Roraima”, disse.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, citando o próprio presidente Bolsonaro, que a Amazônia é do Brasil, não é do mundo, “e cabe a nós traçarmos o futuro dessa região”. E, segundo ele, o Brasil tem na região recursos que nenhum outro país tem, de minério, de gás, e principalmente, de biodiversidade. Com base nessa riqueza, disse, temos que imaginar um futuro ainda mais grandioso para essa região, onde Manaus finalmente seja a capital mundial da biodiversidade.

Guedes disse que a equipe montada por Bolsonaro começou a trabalhar desde cedo com o coronel Alfredo Menezes e com o secretário Carlos da Costa, da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, à qual a Suframa está subordinada, buscando este horizonte de maior produtividade para a região.

Ao usar da palavra, Jair Bolsonaro fez uma retrospectiva sobre a ocupação da Amazônia, citando a criação da Zona Franca e, depois, os pelotões de fronteira, pelo Exército, até chegar ao que ele chamou de “indústria de demarcação de terras indígenas” e das unidades de conservação, que condenou. “Nós queremos fazer o casamento do meio ambiente com o progresso”, disse.

Segundo Bolsonaro, ele conseguiu montar um gabinete em Brasília voltado para o viés técnico, onde os ministros conversam entre si. “E só por causa desse entendimento, nós podemos mais que sonhar, ter a certeza que a nossa BR-319 será asfaltada mesmo que nós tenhamos pego o Brasil destruído economicamente”.

Além dos governadores, senadores e deputados, a reunião do CAS contou com a presença do prefeito de Manaus, Arthur Neto, do Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.

Projetos

A primeira de 2019, a 287ª Reunião do CAS aprovou uma pauta com 87 projetos industriais e de serviços, sendo 26 de implantação e 61 de atualização, diversificação e ampliação, que representam investimentos de US$ 651,9 milhões e devem gerar 3.415 empregos nos próximos três anos, no PIM.

Reunião na FIEAM

Depois da reunião do CAS, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, permaneceu em Manaus para participar, a convite do presidente da FIEAM, Antonio Silva, da reunião de diretoria da instituição, ainda nesta quinta-feira. Costa tem defendido que os incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus devem ser mantidos embora considere que o modelo deve passar por uma profunda revisão durante o governo Bolsonaro.


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