Omar Aziz é acusado de começar campanha política em igreja de Manaus
Amazonas – Nas vésperas da disputa de 2022, o senador Omar Aziz (PSD) resolveu ajoelhar e rezar com os fiéis de uma igreja, localizada na zona Norte de Manaus.
Como uma ironia do destino, o presidente da CPI da Covid-19, esteve na capital amazonense no último sábado (3), e aproveitou para visitar algumas comunidades situadas nas zonas Norte e Centro-Oeste.
Entre uma visitinha aqui e outra ali, a que mais chamou atenção foi a visita do senador na casa de um líder comunitário, onde causou uma pequena aglomeração neste final de semana. A informação do bom exemplo, foi confirmada pelos moradores do bairro Parque São Pedro.
Alguns moradores do bairro se incomodaram com a presença ilustre de Omar e afirmam que a visita foi intencionada para causar boa impressão para o ano que vem.
‘’Ele quer se reeleger e continuar vivendo às custas do povo. Ele estar na liderança da CPI não é o suficiente’’, disse um morador. “Em época de eleições, até pecador vira santo”, disse outro morador.
A visita foi tão planejada quanto a chegada do natal. Os moradores contam ainda, que o evento foi divulgado dias antes em grupos de WhatssApp, até mesmo em grupos escolares.
A publicação convidava os moradores da comunidade, para comparecer ao local reivindicando melhorias e uma nova escola do estado para o bairro.
Nas redes sociais, o senador aparece de cabeça baixa orando em uma cerimônia religiosa com os fiéis, onde afirma que ouviu os pedidos de melhoras na segurança pública.
“Passei a manhã e início da tarde deste sábado da forma que gosto, encontrando as pessoas nas ruas, conversando e ouvindo as principais demandas. Muitas delas não são de competência do senado, mas cabe a nós fiscalizar e dar voz à população junto aos órgãos competentes”, disse o candidato já supostamente se promovendo para as eleições de 2022.
Omar Aziz é um veterano na política amazonense, e para quem não lembra, quando ocupava o cargo de governador do estado, foi alvo da operação ‘’Maus Caminhos’’, do Ministério Público Federal, pelo desvio de R$ 260 milhões em recursos da saúde por meio de contratos milionário.