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Mesmo com denúncia de abuso de poder, Augusto Ferraz pagará R$ 1 milhão para empresa realizar transporte de universitários

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Manaus – Após voltar ao comando da prefeitura de Iranduba, depois de ser cassado por abuso de poder político e econômico pela juíza Dinah Câmara Fernandes, da 56ª Zona Eleitoral do município, o prefeito Augusto Ferraz (Democratas), voltou a ter seu nome envolvido em polêmica, após firmar um contrato milionário com pessoa jurídica no valor de R$ 1.056.00,00 (um milhão e cinquenta e seis mil reais), para a realização do transporte de universitários na cidade metropolitana (a 22 quilômetros de Manaus).

Conforme indica a publicação do Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas (DOM-AM), desta segunda-feira (8), o valor que será pago pelos cofres públicos municipais, beneficiará a empresa a Viacar Transportes e Comércio de Veículos Automotores Eireli, inscrita no CNPJ nº 09.644.883/0001-47, com o nome fantasia Viacar Transportes, e que atua no ramo de transporte escolar.

A empresa está localizada na rua Caraubas nº16, sala 03, bairro Cidade Nova, Manaus-Amazonas. Em consulta ao quadro de sócios e proprietários da empresa consta como responsável Antônio Carlos Zangirolami Saturnino, e o capital social da empresa é de R$ 180 mil.

Segundo a publicação, o contrato foi assinado no dia 29 de julho 2022, e tem um prazo de vigência de 11 (onze) meses.

Não consta na publicação o quantitativo de ônibus que serão disponibilizados e a data de início do contrato, somente o tempo de vigência do mesmo.

Cassação 

A juíza Dinah Câmara Fernandes, da 56ª Zona Eleitoral de Iranduba, cassou o mandato do prefeito José Augusto Ferraz de Lima e do vice, Robson Adriel Cardoso Lima por abuso de poder político e econômico no dia 12 de março de 2022.

Dinah Fernandes também tornou ambos inelegíveis por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar n° 64/1990). Mesmo com a sentença, Augusto Ferraz e Robson Adriel voltaram ao cargo.

Conforme manifestação na decisão, a juíza considerou que Augusto Ferraz, ex-deputado estadual, “empreendeu esforços de servidores de seu gabinete parlamentar [na época] para atos de campanha e patrocinou obras de recapeamento e iluminação de vias públicas, atraindo assim as sanções previstas [na lei] para si e para o vice-prefeito eleito, que foi beneficiado pelas práticas ilícitas”.


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