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Mal-estar, camarotes vazios e descaso com a imprensa marcam 1ª noite do Sou Manaus 2023; veja vídeos

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Mal-estar, camarotes vazios e descaso com a imprensa marcam 1ª noite do Sou Manaus 2023; veja vídeos

Manaus – A primeira noite do “Sou Manaus Passo a Paço 2023”, evento que promove a cultura e o entretenimento na capital amazonense, foi marcada por inúmeras polêmicas, a começar pelo mal-estar enfrentado pela população.

O calor excessivo e a superlotação levaram algumas pessoas a passarem mal, resultando em chamadas para a ambulância da Unidade de Assistência à Saúde presente no local. Esse problema já havia sido observado em 2022, quando muitos participantes enfrentaram desconforto semelhante durante os shows.

Veja vídeo:

 

Atração principal não anunciada

“Fogos lançados antecipadamente, confusão na hora de anunciar os artistas, nem o nome do prefeito sabiam falar”, relata um repórter cinematográfico que esteve presente no local. A desorganização foi tanta que até esqueceram de anunciar o momento da entrada de David Guetta, DJ de presença internacional e principal atração do evento. Veja vídeo registrado por uma popular:

Desrespeito com a imprensa

Mesmo estando credenciados para o evento, jornalistas que cobriram a primeira noite do Sou Manaus Passo a Paço 2023 enfrentaram situações constrangedoras. “Eles não disponibilizaram nem água pra gente”, relata a repórter Carol Dias, do Portal e CM7 Brasil. “Banheiro? Lá? Eu nunca nem vi ! E nem daria pra ir, se não ia ser impossível chegar de volta no local que tava pra pegar as melhores imagens”, diz o jornalista Mairkon Castro.

“Absurdo!  R$5 uma garrafinha d’água! Se tá caro pra gente da imprensa, imagina pra população. Pior que esse ano todo mundo foi proibido de levar garrafinha e banquinho portátil. Teve uma mulher que sentou no chão de tão cansada!”, relatou o jornalista Will Oliveira.

Além dos quesitos básicos, como a falta de água e espaço adequado, as restrições de acesso dificultaram a captação de imagens e a cobertura das atrações fora relatados.

“Eles priorizaram dar camarote pra digitais influencers fazerem uma transmissão porca pelas redes sociais do que arranjar espaço adequado pra própria imprensa daqui. Total desrespeito”, relatou o cinegrafista Reinaldo Maquiné.

Esse não é um problema novo para a imprensa local, que no festival de 2022 chegou a ser ameaçada de expulsão enquanto tentava realizar seu trabalho. Alguns artistas nacionais, como o cantor Jão, só concederam entrevistas após enfrentarem dificuldades impostas pela organização do evento, que chegou a criar um “escudo humano” para evitar o contato com a imprensa.

Camarotes vazios

Outra polêmica também envolveu a entrega de ingressos para áreas de front e camarote do festival “Sou Manaus Passo a Paço 2023”, que deixou os donos de portais de notícias indignados. Portais que eram parceiros do prefeito David Almeida alegaram ter recebido a promessa de ingressos para cobertura jornalística, porém, essa promessa foi quebrada de última hora, causando descontentamento entre os empresários. O incidente ocorreu durante uma acalorada discussão na Manauscult com o subsecretário da Secretaria Municipal de Comunicação, Hudson Braga, que justificou a mudança alegando seguir ordens superiores do prefeito David Almeida.

O resultado não pode ser outro: pista lotada, população passando mal, enquanto camarotes estavam vazios.  O cenário mostra bem a falta de organização da gestão de Osvaldo Cardoso, presidente da Manauscult e seus sub-secretários. Veja vídeo:

Ano após ano, os portais de notícia se deslocam com equipamentos, disponibilizam vários profissionais, mão de obra e criam toda uma logística para atuarem na cobertura do evento, que é de interesse da própria prefeitura, e acabam sendo destratados pela Manauscult.

Se para a própria população, o evento, que era 100% gratuito e tinha o intuito de promover a cultura e o entretenimento na capital amazonense, tem despencado ladeira abaixo desde que a nova gestão assumiu, imagina para a imprensa local que desde então vem enfrentando sérias dificuldades com a desvalorização do trabalho, que só é bem sucedido quando é conveniente aos organizadores.

Quem é?

O jornalista Hudson Braga trabalhou anteriormente como diretor de comunicação da Câmara Municipal de Manaus (CMM) durante o mandato do vereador David Reis (Avante), que presidiu a CMM. Esse período ficou marcado por inúmeras polêmicas e escândalos, sendo uma das mais notórias a envolvendo a construção do “Puxadinho”. Hudson Braga também atuou na Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo do Estado do Amazonas como assessor do vice-governador Carlos Almeida (PT) e outras assessorias de comunicação de instituições públicas e privadas.


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