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‘Justiça do Amazonas é corrupta’, afirma secretário de Governo, João Braga; ouça áudio

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Manaus – Nessa sexta-feira (15), foi feita uma grave denúncia envolvendo o secretário João Coelho Braga, conhecido como Braguinha, que comanda a Secretaria de Cidades e Territórios (Sect). Um áudio atribuído ao secretário revela ameaças de morte à diretora-presidente do Portal CM7 Brasil, Cileide Moussallem.

No áudio, Braguinha é ouvido articulando um plano para atentar contra a vida de Cileide e sua família, por meio de um assalto encomendado. Outra voz tenta convencer Braguinha a não seguir com o atentado.  A motivação, segundo Braguinha, é porque a Justiça do Amazonas é corrupta e, portanto, nesse caso, sugere fazer justiça com as próprias mãos.

“O que tem que fazer? Dar um susto, dar um susto, dar um susto”, diz o secretário. Braguinha cita outros empresários, mas reforça que o alvo é Cileide. “Fui lá com o Paulo Lima, fui lá com a mulher do Paulo Lima, fui lá com o Pascarelli. Mas não, tem que ser nela mesmo (Cileide), pra ela lembrar”, afirma Braguinha.

“Mas ela vai saber”, exclama uma voz preocupada, de alguém que estava com medo do plano mirabolante.

“Vai ser um assalto. Não te preocupa não. Isso eu sei fazer, já fiz vários”, diz Braguinha para acalmar.

“Não é assim, Braguinha, não pode se desesperar assim dessa forma, rapaz. Aí vai esculhambar tua vida”, tenta persuadir a outra voz.

Ouça:

Após ter ciência das ameaças de morte, a empresária Cileide Moussallem se manifestou afirmando que já está tomando providências, tendo registrado o Boletim de Ocorrência (B.O) e que não se intimidará com qualquer tentativa de censura contra o trabalho jornalístico de divulgar informações de interesse público, muitas vezes recebidas da própria população amazonense, que sem o Portal CM7 Brasil não teria voz para denunciar.

Entenda o caso 

As ameaças à Cileide Moussallem surgiram após o Portal CM7 Brasil denunciar um escândalo de superfaturamento de R$ 21 milhões na compra de imóveis para desapropriação envolvendo o secretário João Braga.  Conforme apontado pelo DICOP, a SECT teria desembolsado um valor considerado superfaturado de R$ 121.088.495,00 (cento e vinte e um milhões, cento e oitenta e oito mil reais, quatrocentros e noventa e cinco reais) pelas desapropriações, excedendo o valor de mercado dos imóveis.

De acordo com os cálculos do órgão fiscalizador, o montante pago por tais desapropriações ultrapassou em R$ 21.038.926,50 (vinte e um milhões, trinta e oito mil reais, novecentos e vinte e seis reais e cinquenta centavos) do valor justo de mercado.
 As alegações de possíveis irregularidades foram apresentadas ao TCE pelo ex-deputado federal José Ricardo Wendling em relação ao Governo do Estado do Amazonas e à SECT.
 Segundo o denunciante, as desapropriações não estavam previstas no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).


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