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Henrique Oliveira revela detalhes de esquema articulado por Braga para cassar José Melo

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Amazonas – Durante entrevista ao programa “Ponto Máximo” do Portal e TV CM7 Brasil, nesta terça-feira (9), o pré-candidato ao Governo do Amazonas, Henrique Oliveira (Podemos), recordou os acordos e a atuação incisiva do senador Eduardo Braga diante de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para articular a cassação de José Melo, acusado de comprar votos nas eleições de 2014. Braga que ficou em segundo lugar naquele pleito, articulou um ‘esquema’ para tomar o poder após a ‘queda’ de Melo, mas acabou abrindo espaço para que novas lideranças políticas surgissem no estado.

Segundo Henrique Oliveira, toda a narrativa do processo de cassação dele e do Governador José Melo, começou com a articulação do ex-secretário de comunicação de Eduardo Braga, o jornalista Cacá Colognese junto à Globo, que exibiu de forma sensacionalista as denúncias contra o governo. “Aí aparece em semanas consecutivas no Fantástico a acusação suspeita de compra de voto do governador Zé Melo e do vice-governador Henrique Oliveira. E o pior, quem conseguiu fazer essa maracutaia toda que foi o Eduardo junto à Globo, foi um ex-secretário de comunicação dele, Cacá Colognese, que é esposo de uma uma das editoras chefes da Globo. Então foi tudo casado”, revelou.

O pré-candidato, também relembrou, que o relator que julgou o processo foi nomeado às vésperas como juiz substituto por indicação de Braga.
“Hoje eu estou tendo a oportunidade de contar isso porque também nesse sentido, eu acho que foi uma grande injustiça que fizeram com a justiça. Induziram ao erro alguns juízes. O Francisco Marques aqui que foi o relator do nosso processo que a gente perdeu aqui, ele foi nomeado às vésperas como juiz substituto. E adivinha quem levou o nome dele para ser o juiz substituo? Porque quem nomeia os juízes eleitorais é o Presidente da República, e quem assinou foi o Eduardo Braga que nomeou o Francisco Magno”, afirmou Oliveira em trecho da entrevista concedida ao Portal e TV CM7 Brasil.

Oliveira também contou sobre o processo para que Melo deixasse de ser aliado de Eduardo Braga no MDB e viesse a concorrer à vaga de governador. “O José Melo era do MDB e ele queria sair, mas ele só poderia sair candidato se tivesse um partido. Foi formado naquele momento, o Pros, conseguiu sair candidato se desgarrando do Eduardo, por isso a grande raiva do senador”, explicou.

Prisão

No ano de 2017, o ex-governador José Melo foi preso pela Polícia Federal, onde teve o mandato cassado pelo TSE acusado de comprar votos nas eleições de 2014. A prisão de Melo fez parte da operação Estado de Emergência, 3° fase da Operação Maus Caminhos que investigou desvios de agentes públicos no Amazonas.

Edilene Oliveira, esposa de José Melo, também foi presa, os dois foram acusados de ameaçar testemunhas da Operação Custo Político e também de ocultar e destruir elementos de provas.

Em 2018, Melo e Edilene deixaram a prisão mediante a pagamento de fiança no valor de R$ 381,6 mil e uso de tornozeleira eletrônica.


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