Gestão desastrosa: Conselho reempossado do Tropical Executive gera prejuízo milionário
Manaus – Em meio a denúncias de má administração, o Condomínio do Edifício Tropical Executive enfrenta um período desastroso desde a decisão judicial que trouxe de volta o antigo Conselho, e a reinstauração da administradora Nobile.
A gestão temerária ameaça levar o condomínio à insolvência financeira, gerando um cenário similar ao de 2017, quando a Nobile desistiu da administração, deixando uma dívida de R$ 4,5 milhões.
Entre as preocupações dos moradores e funcionários estão a falta de respeito aos trabalhadores, evidenciada por um abaixo-assinado protocolado no sindicato da categoria, e denúncias de funcionários ao Ministério do Trabalho contra membros do Conselho reempossado.
A atual gestão falha em oferecer transparência financeira, administrativa e fiscal, recusando-se a prestar contas e ignorando questionamentos dos condôminos. Além disso, uma série de ações questionáveis têm gerado prejuízos significativos:
O prejuízo acumulado já atinge a marca alarmante de R$ 1.725.000,00, resultado das decisões da gestão reempossada. Esse rombo financeiro pode crescer, e o Tropical Executive padece em meio a esses conflitos gerados pela atual administração.
Entenda o caso
Um movimento contra a má gestão e corrupção ganha força no Edifício Tropical Executive, localizado na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, onde o Conselho de Administração eleito em 2015 está no centro de um escândalo envolvendo a Nobile, empresa contratada para gerenciar o condomínio e o hotel.
Em 2017, a Nobile abandonou a gestão do condomínio, deixando uma dívida absurda de R$ 4,5 milhões, incluindo R$ 900.000,00 em títulos protestados, contas de luz atrasadas e um débito de R$ 2 milhões com o INSS. A empresa KSS então assumiu a árdua tarefa de administrar o caos, levando seis anos para quitar a dívida, modernizar as unidades habitacionais e valorizar significativamente os Flats do Tropical.
Contudo, em julho de 2023, uma decisão judicial trouxe de volta o Conselho eleito em 2015 por dois meses, com a missão de convocar uma nova assembleia para eleger um novo conselho e síndico. Surpreendentemente, esse conselho reempossado ignorou a ordem judicial, não convocou a assembleia e trouxe de volta a Nobile.
As ações do conselho reempossado têm gerado caos no condomínio:
– Salários atrasados para os funcionários.
– Retirada da assistência médica dos funcionários.
– Atrasos no pagamento do vale transporte.
– Desistência de uma ação milionária de R$ 14 milhões contra a Nobile.
– Tentativa de se manter indefinidamente no conselho.
Em novembro, o judiciário agiu corretamente ao marcar uma assembleia para 11 de dezembro de 2023. No entanto, o conselho reempossado oferece descontos de mais de 60% para os condôminos inadimplentes, visando angariar votos favoráveis.
A pergunta que não quer calar é: por que a Nobile deseja reassumir a gestão de um condomínio que abandonou em 2017 com as contas em dia, deixando um rombo financeiro de R$ 4,5 milhões? A corrupção tem início a partir do momento em que o condomínio elege um Conselho que tem o objetivo de lucrar em cima do patrimônio coletivo.