Ficha Suja: ‘PONGÓ’ tenta voltar ao poder em Caapiranga mesmo após ser condenado pelo crime de corrupção
Amazonas – A política de Caapiranga se veste novamente de escândalo, desta vez com a tentativa vergonhosa do ex-prefeito Antônio Ferreira Lima, (Pongó), do MDB, de retornar ao poder, mesmo após condenações por corrupção e má gestão.
O atual cenário político do município é um retrato da decadência moral e da falta de escrúpulos que assolam a classe política.
Pongó foi condenado pela Justiça Federal por má gestão dos recursos públicos da Prefeitura de Caapiranga.
O processo de número 00000346120104013200 transitou em julgado em 06/11/2020, resultando na condenação de Pongó ao ressarcimento integral do rombo causado aos cofres municipais, no valor de R$ 118.702,50, além de uma multa de R$ 30.000,00.
Surpreendentemente, a Justiça Federal também condenou Pongó em outro processo, o número 00021799520074013200, com trânsito em julgado em 30 de janeiro 2020.
Neste caso, a suspensão dos direitos políticos se estende até 2025, configurando dupla inelegibilidade. Ambos os processos referem-se a malversação de recursos públicos da Prefeitura de Caapiranga.
Essas condenações têm implicações sérias para Pongó, ele não pode votar, ser votado, ocupar empregos ou cargos públicos, e está fora do baralho para as eleições deste ano.
A repetição do cenário de 2016, quando Pongó foi eleito mesmo estando inelegível, é motivo de preocupação.
Naquela ocasião, a impugnação ocorreu somente após sua diplomação, resultando na perda do mandato. O Ministério Público Eleitoral e a Coligação adversária não agiram preventivamente, permitindo que Pongó se beneficiasse da falha do sistema.
Além das questões legais, a influência política de Pongó nas últimas eleições, apoiando a reeleição do atual prefeito Tico Braz, revela a urgência de uma análise rigorosa sobre as práticas partidárias e a ética na política local.
Há rumores de que o senador Eduardo Braga, líder do MDB no Amazonas, deve repassar o comando do partido para o grupo do atual prefeito, evitando assim associações prejudiciais à imagem da legenda.
A população de Caapiranga merece representantes que zelem pelo bem comum e pela honestidade na administração pública. A insistência de Pongó em participar das eleições, mesmo após condenações por má gestão de recursos públicos, é uma afronta à sociedade e à democracia.
O histórico de Pongó coloca em xeque a credibilidade do processo eleitoral no município, tornando imperativa uma ação enérgica das autoridades competentes para garantir a lisura do pleito e preservar a confiança dos cidadãos na democracia local.
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