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Escândalo: donos da Tumpex usam emenda parlamentar de R$ 27 milhões para realizar obra sem licitação

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Amazonas – Os empresários, Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto, donos da Tumpex – empresa recentemente envolvida no maior escândalo de assédio sexual e moral registrado em Manaus -, receberam uma emenda parlamentar no valor de R$ 27 milhões para uma obra contratada sem licitação.

Os dois são sócios da Construtora Soma, escolhida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para realizar serviços emergenciais de recuperação na BR-174, rodovia que conecta o Amazonas a Roraima.

Mansur e Sodré estão sendo investigados pela Polícia Federal (PL) e colecionam escândalos envolvendo o dinheiro público. Eles já foram presos em junho deste ano, durante a ‘Operação Entulho’, que investigou crimes como organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em empresas que prestam serviço à Prefeitura de Manaus, no caso a Tumpex.

Os empresários respondem na Justiça por ações de improbidade administrativa com a Construtora Soma. Em um delas, a empresa é acusada de superfaturamento em obras da Secretaria de Infraestrutura do Amazonas, em 2009, durante a gestão de Eduardo Braga. O DNIT relatou que no processo de dispensa de licitação foram convocadas empresas do setor próximas ao trecho emergencial, e a Soma ofereceu o menor preço.

Escândalos Tumpex 

Graves denúncias sobre a empresa Tumpex, concessionária de coleta de lixo da capital amazonense, foram encaminhadas com exclusividade ao Portal e TV CM7 Brasil informando que adolescentes e menores aprendizes estavam sendo abusadas dentro da firma, pelo gerente Carlos Seiss.

De acordo com as denúncias, candidatas do processo seletivo de primeiro emprego, menor aprendiz ou até mesmo funcionárias já efetivadas da Tumpex, que seriam casadas, teriam sido submetidas a realizar favores sexuais com Carlos, diretor da empresa, para conquistarem a vaga ou se manter trabalhando. Muitas delas precisaram ser filmadas fazendo sexo oral no assediador. Vários vídeos e fotos dos atos libidinosos foram filmados pelo gerente e acabaram vindo à tona. Ao todo, pelo menos 57 vídeos foram vazados, ou seja, há no mínimo 57 vítimas que foram abusadas por Carlos na empresa.

No entanto, a empresa se manifestou alegando que afastou o ‘taradão’ das atividades, mas não explica porque não o demitiu, e nem porque admitiu que os abusos fossem cometido contra as funcionárias dentro da empresa.

Leia mais: “Ajoelha e m4ma!”: 57 mulheres foram obrigadas a fazerem sex0 or4l em gerente da Tumpex em Manaus; veja vídeos 

Fraude e alvo da PF

Não é o primeiro escândalo que a empresa Tumpex protagoniza em Manaus. A prestadora de serviço de limpeza e coleta de lixo da capital amazonense, foi alvo da Operação Entulho da Polícia Federal (PF) em parceria com o Ministério Público e Receita Federal.

As investigações iniciaram em 2016, na gestão do ex-prefeito Arthur Neto. Na ocasião, os empresários Mauro Lúcio Mansur da Silva e Jose Paulo de Azevedo Sodré Neto, donos da Tumpex, e o próprio Carlos, foram presos em junho deste ano de 2023, sob suspeita de sonegação de impostos federais através de notas fiscais “frias” para burlar a Receita Federal.

O delegado Sávio Pinzon afirmou que a Tumpex esteve envolvida em um esquema que visava esconder a sonegação de impostos. Para isso, eram usadas notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro, além de falsificação ideológica.

Na prática, os investigados na operação criavam empresas fictícias e a partir delas eram emitidas notas fiscais de produtos que elas não trabalhavam, como, por exemplo, areia e cascalho. Além disso, a Tumpex teve o contrato de coleta e transporte de lixo na capital renovado por mais 15 anos pelo o ex-prefeito Arthur Neto (PSDB) pouco antes de encerrar seu mandato, em 2020.

A empresa, que detém o maior contrato, referente a R$ 15,3 milhões, foi contratada, em 2003, ainda na gestão de Alfredo Nascimento. Os contratos foram estendidos até 13 de novembro de 2035.


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