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Em liberdade provisória, Simão Peixoto viaja para Brasília e articula nos bastidores retorno para prefeitura de Borba

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Em liberdade provisória, Simão Peixoto viaja para Brasília e articula nos bastidores retorno para prefeitura de Borba

Brasil – O ex-prefeito de Borba, Simão Peixoto (PP), viajou para Brasília na última terça-feira (1º), com o objetivo de trazer uma “boa notícia” para o município. A viagem ocorre em meio às especulações de que ele estaria tratando de assuntos que o recoloquem no cargo de prefeito, do qual foi afastado recentemente. A previsão é que Peixoto permaneça na capital federal até sexta-feira (4).

Simão Peixoto havia sido detido no mês passado, mas o juiz Marllon Souza, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), concedeu-lhe liberdade provisória. No entanto, a decisão estabelece uma série de restrições visando garantir o andamento das investigações em curso relacionadas ao suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e empresários locais.

O prefeito afastado está obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica, que monitorará seus deslocamentos durante o período de liberdade provisória. Além disso, seus bens foram bloqueados, impedindo-o de realizar transações financeiras significativas.

Outra medida imposta pelo juiz é a remuneração mensal equivalente a 40 salários mínimos, destinada exclusivamente ao sustento pessoal de Peixoto. O objetivo é assegurar que o ex-prefeito não possa se valer de recursos ilícitos durante o período de liberdade provisória.

A decisão de encaminhar os processos de Simão Peixoto à Justiça Federal indica que o caso será tratado em instâncias superiores, envolvendo possivelmente outros órgãos e autoridades competentes.

Apesar da liberdade provisória concedida, Simão Peixoto enfrenta algumas restrições específicas. Durante os próximos 180 dias, ele está proibido de adentrar qualquer órgão ou repartição da Prefeitura de Borba, cidade na qual exercia seu mandato. Essa medida visa evitar possíveis interferências indevidas no andamento dos trabalhos municipais.

Operação Garrote

Além disso, o prefeito afastado está proibido de manter contato com os demais investigados da Operação Garrote, exceto seus familiares diretos, a fim de evitar a possível articulação de condutas ilícitas entre os envolvidos no caso.

Como parte das medidas cautelares, o juiz também determinou a retenção do passaporte de Simão Peixoto, impedindo-o de deixar o território brasileiro e garantindo sua presença no país para a continuidade das investigações.

A Operação Garrote, na qual o prefeito afastado é alvo, investiga um suposto esquema de corrupção que teria desviado R$ 29,2 milhões dos cofres da prefeitura em licitações fraudulentas. Os procedimentos, segundo o Ministério Público, envolviam empresas simuladas e a divisão ilegal de dinheiro entre funcionários e parentes de Simão Peixoto.

A investigação, liderada pelo Gaego (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), busca apurar os crimes de associação criminosa, fraudes em licitação, lavagem de capitais e corrupção ativa e passiva. A Operação Garrote também envolveu o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra familiares do prefeito, agentes públicos e empresas.

Enquanto o caso continua sob investigação, Simão Peixoto deverá aguardar o desenrolar dos processos judiciais cumprindo as restrições estabelecidas pelo juiz. O retorno do ex-prefeito à Prefeitura de Borba dependerá do resultado dessas investigações em curso.


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