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CPI das ONGs: Plínio Valério diz que senadores irão ouvir graves denúncias contra o ICMBio; veja vídeo

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CPI das ONGs: Plínio Valério diz que senadores irão ouvir graves denúncias contra o ICMBio; veja vídeo

Brasil – O presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB-AM), disse nesta terça-feira (24) que a comissão deve apresentar denúncia contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio. A autarquia é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integrada ao Sistema Nacional do Meio Ambiente. A comissão realizou diligências em municípios do Acre na semana passada e ouviu denúncias no local.

Em um desdobramento chocante, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs anunciou que planeja apresentar uma denúncia formal contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A decisão vem após uma série de denúncias alarmantes de abusos e negligência no tratamento dos moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), localizada em Xapuri, no Acre. O ICMBio, uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integrada ao Sistema Nacional do Meio Ambiente, está no centro de uma tempestade de controvérsias.

As investigações da CPI das ONGs se concentraram na situação precária dos moradores da Resex, que enfrentam condições de vida extremamente difíceis e injustas. A audição das denúncias diretas dos moradores durante uma audiência pública em Epitaciolândia, no Acre, lançou luz sobre a gravidade dos problemas que afetam essa comunidade.

Entre as denúncias que ecoaram na audiência estão incidentes perturbadores, como a ameaça de uma moradora com um fuzil apontado para ela enquanto estava de joelhos. Além disso, a destruição de uma ponte de madeira essencial usada por 70 crianças para chegar à escola tem gerado preocupações sérias. O ICMBio também é acusado de impedir a construção de uma unidade escolar e de não apoiar qualquer atividade destinada a melhorar as condições de vida dos moradores da Resex.

Os moradores da Resex não pedem luxo; eles pedem direitos básicos, como educação para seus filhos e a capacidade de explorar recursos locais, como o açaí, de forma sustentável. O sentimento de desamparo e frustração entre esses moradores é evidente, e a CPI das ONGs se compromete a agir em seu nome.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI das ONGs, ressaltou a importância de ouvir diretamente as vozes dos afetados. Ele expressou seu compromisso em garantir que os abusos e arbitrariedades que ocorrem na Resex cessem. “Precisamos combater esse câncer que é o ICMBio”, afirmou o senador do Amazonas.

Os apelos dos moradores, como o de Rosângela de Oliveira, que lamenta não poder proporcionar uma vida melhor para seu filho, estão ecoando por todo o Brasil. José Pimentel, representante da associação da Resex, solicita melhores condições para a exploração do açaí e o fim das repressões injustas.

O senador Márcio Bittar (União-AC), relator da CPI, destaca que a situação na Resex é apenas a ponta do iceberg de uma série de problemas na região amazônica. Ele denuncia a tentativa de isolar a Amazônia, expulsando agricultores e isolando extrativistas em nome de ONGs internacionais.

A CPI das ONGs agora está comprometida em levar essas denúncias ao Ministério Público Federal (MPF), buscando ação imediata para garantir a justiça e a proteção dos direitos dos moradores da Resex. A esperança é que essas ações levem a mudanças substanciais e duradouras que melhorem a vida das pessoas que mais precisam na região amazônica.


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