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“Coincidência?”: Aniversário do PT cai no mesmo dia de fogos do CV no Amazonas

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"Coincidência?": Aniversário do PT cai no mesmo dia do fogos do CV no Amazonas

Manaus  – O aniversário do Partido dos Trabalhadores (PT) possui uma estranha coincidência: ocorre no mesmo dia em que a facção criminosa do Comando Vermelho (CV) estoura fogos em comemoração ao seu estabelecimento e domínio de 2 anos no estado do Amazonas.

Em fevereiro de 2020, a facção criminosa tomou conta da maior parte dos bairros da cidade de Manaus e do interior do Estado do Amazonas após uma chacina contra outra facção rival, a Família do Norte (FDN), marcadas por disputas que vinham ocorrendo deste 2017 como as rebeliões e massacres no Compaj. As datas de tomada do CV no Amazonas, no entanto, variam entre o dia 9 e 13 de fevereiro de 2020, sendo o dia 10 de fevereiro a tomada de Manaus. Mas haveria um outro motivo desconhecido para escolha de tal data ?

Comportamento estranho nas redes sociais

O que parece ser uma mera coincidência, no entanto, tem um fundo obscuro perceptível aos olhos da população e das manifestações públicas nas redes sociais. Muitos que são simpáticos ao crime organizado da dita facção criminosa e à agenda da liberação das drogas e expõe isto na internet, em especial no Twitter, defendem fortemente o PT. Confira alguns exemplos de comentários que ocorreram durante os fogos do CV na última quinta-feira (10) no Amazonas:


Relação
Histórica

As manifestações poderiam ser meros comentários isolados, não fossem conexões históricas elencadas pelo advogado Geyson Santos e o analista de Relações Internacionais Rodrigo Pavão que desenterram a partir da matérias antigas na mídia a relação entre o Partido dos Trabalhadores e a facções criminosas, sobretudo a partir dos Livros “Comando Vermelho – A História Secreta do Crime Organizado” e “CV PCC – A Irmandade do Crime”, ambas escritos por Carlos Amorim, vencedor do Prêmio Jabuti, e do livro mais famoso escrito por um criminoso no Brasil: “Quatrocentos contra Um”, no qual William da Silva Lima, mais conhecido como “o professor”, conta como ele e seus pares fundaram a mais importante facção criminosa brasileira de todos os tempos, o Comando Vermelho.

Na publicação do livro “Quatrocentos contra Um” é citando o nome de Cesar Benjamin. Nas palavras de Carlos Amorim:

“(…) O livro de William da Silva Lima foi lançado no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no dia 05 de abril de 1991, durante seminário sobre criminalidade dirigido pelo Instituto de Estudos de Religião, de orientação católica. O texto final foi copidescado por César Queiroz Benjamim, um ex-militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que trabalhou sobre um original de mais de quatrocentas páginas.”

Mas, quem era esse tal de César Queiroz Benjamim? Fui pesquisar: além de ter pertencido ao grupo revolucionário terrorista MR-8, foi, também, nada menos que um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, o PT, e integrante dos principais quadros do partido até 1995. Aqui me fiz a pergunta: por que um dos fundadores e líder do PT estaria diretamente envolvido na publicação e lançamento do livro do, até então, maior criminoso do Brasil, líder máximo do Comando Vermelho? Isso pareceu-me, no mínimo, estranho.

FARCs pró Lula e Foro de SP

Será que havia mais indícios de uma ligação entre as esquerdas e organizações criminosas? Encontrei um reportagem publicada pela jornal Folha de São Paulo em 24/08/2003, sob a denominação “As Farcs Tem Todo o Tempo do Mundo”. Nessa, o enviado especial da Folha, Fabiano Maisonnave, entrevista o falecido Raul Reyes, à época, segundo maior líder da organização narco-terrorista, em algum lugar da Amazônia Colombiana. Veja o que ele diz, é impressionante:

“Folha de S. Paulo — Qual é a sua avaliação do governo Lula?

Reyes — Tenho muita esperança em que o governo Lula se transforme num governo que tire o povo brasileiro da crise. Lula é um homem que vem do povo, nos alegramos muito quando ele ganhou. As Farc enviaram uma carta de felicitações. Até agora não recebemos resposta.

Folha de S. Paulo — Vocês têm buscado contato com o governo Lula?

Reyes — Estamos tentando estabelecer — ou restabelecer — as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.

Folha de S. Paulo — O sr. Conheceu Lula?

Reyes — Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha de S. Paulo — Houve uma conversa?

Reyes — Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha de S. Paulo — Qual foi a última vez que o sr. Falou com ele?

Reyes — Não me lembro exatamente. Faz uns três anos” (Folha de São Paulo — 24/08/2003).

E aqui as palavras de Hugo Chávez se coadunam exatamente com a entrevista que próprio líder narco-terrorista, Raúl Reyes, concedeu a Folha de São Paulo. Segue:

“Recebi o convite para assistir, em 1995, ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. (…) Naquela ocasião conheci Lula, entre outros. E chegou alguém ao meu posto na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos em grupo conversando, e lembro que colocou sua mão aqui [no ombro esquerdo] e disse: ‘Cara, quero conversar com você.’ E eu lhe disse: ‘Quem é você?’ ‘Raúl Reyes, um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.’ Nós nos reunimos nesta noite, em algum bairro humilde lá de El Salvador. (…) E então se abriu um canal de comunicação e ele veio aqui (…) e conversamos horas e horas. Depois, em uma terceira e última ocasião, passou por aqui também.” (Hugo Chávez — em rede nacional — lamentando a morte de Raúl Reyes).

O narco-terrorista alude a felicidade que a subida do ex-presidente brasileiro ao poder causou a sua organização criminosa. Espere, como assim? Uma organização criminoso felicita a subida de Lula ao poder… Algum interesse há nisso! Nenhuma organização criminosa parabenizaria um presidente que sabidamente traria dano aos seus negócios. Organizações criminosas só mandam felicitações a seus aliados. Daí só posso extrair há conclusão lógica: eles são aliados! Isso se confirma bem mais ao ver as notas de apoio dadas um ao outro, como exposto neste artigo.

O que mais impressiona é que, o ex-presidente Lula, atual presidiário, enjaulado, nunca desmentiu essas afirmações; uma feita pelo segundo maior líder da maior organização narcoguerrilheira da America Latina; e a outra, pasmem, feita por um ex-ditador da Venezuela. Lula nunca contestou!

Lula se cala e consente

Como diz o ditado: QUEM CALA CONSENTE!

Por que o ex-presidente nunca contestou? Porque ele se recusa a reconhecer uma organização que sequestra, trafica, mata e tortura como criminosa. Provavelmente porque, para ele, são simplesmente revolucionários.

Não me admira que façam parte (o PT e as FARC) de uma mesma organização internacional (o Foro de São Paulo), fundada por Lula e Fidel Castro e que, nas atas desta organização, manifeste apoio incondicional às atividades das FARC na América Latina como um verdadeira atividade esquerdista revolucionária. Só se as atividades esquerdistas revolucionárias se resumirem a assassinar, traficar, sequestrar e torturar…

Há de se destacar também a entrevista coletiva dada pelo ex-presidente em 28/04/2009, publicada no Estadão sob o título “Lula sugere às Farc criar partido para chegar ao poder”:

“Se, em um continente como o nosso, um índio e um metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das Farc, disputando eleições, não pode?”, disse Lula em Rio Branco (AC), na entrevista coletiva após se reunir com o presidente peruano, Alan García.

O absurdo dessa afirmação é descomunal e beira a loucura.

Segundo Lula, uma organização criminosa, a maior da América Latina, que trafica internacionalmente, mata, tortura, sequestra, escraviza, aterroriza, deve criar um partido político para chegar ao poder. Pensemos dentro dos paradigmas nacionais: o Primeiro Comando da Capital ou o Comando Vermelho, se levarmos em conta as afirmações do ex-presidente, podem criar um partido político para disputar as eleições à presidência da República. Pensem em Marcos Camacho, o “Marcola” ou, talvez, Luiz Fernando, o “Fernandinho Beira-Mar” como presidentes do Brasil.

Isso é de uma absurdidade tamanha, que não posso, diante da pesquisa pretérita, atribui-la à ignorância.

Alguns outros fatos devem ser destacados, como: a revista VEJA publicou uma reportagem em março de 2005, sob a denominação “Laços Explosivos: Documentos secretos guardados nos arquivos da ABIn informam que a narcoguerrilha colombiana FARC deu 5 milhões de dólares a candidatos petistas em 2002”; ou que ex-Governador Olívio Dutra, do PT, recebeu, no próprio Palácio do Governador, um membro das FARC com todas as honrarias diplomáticas; assim como outras obviedades fáceis de encontrar fazendo uma simples pesquisa no Google.

Finalizando a exposição…

Facções conseguiram apoio popular

Nas palavras de William da Silva Lima, líder máximo do Comando Vermelho, a previsão do resultado:

“Conseguimos aquilo que a guerrilha não conseguiu: o apoio da população carente. Vou aos morros e vejo crianças com disposição, fumando e vendendo baseado. Futuramente, elas serão três milhões de adolescentes, que matarão vocês nas esquinas. Já pensou o que serão três milhões de adolescentes e dez milhões de desempregados em armas?” (Quatrocentos contra Um)

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