Caso Flávio: Arthur Neto confessa que Elisabeth Valeiko esteve na cena do crime antes da polícia; veja vídeo
Manaus – O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), que é candidato ao senado nas eleições 2022, tem sido assombrado pelos clamores dos familiares do Engenheiro Flávio Rodrigues, brutalmente assassinado e torturado em um cenário que guarda uma série de contradições e segredos. Recentemente, o jornalista Moisés Dutra resgatou e expôs uma série de incongruências no último laudo pericial do caso, que inclusive enfoca a participação de membros da família da esposa de Arthur, como Paola Valeiko, filha de Elisabeth, na cena do crime.
Um dos vídeos registrados na época, que evidencia bem a contradição do laudo pericial, é a narrativa dada por Arthur na época, que tentou tratar o caso como um crime envolvendo o tráfico de drogas e perseguição ao seu enteado, narrativa que rapidamente entrou em contradição com o decorrer das investigações.
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 2 de outubro de 2019, por exemplo, o então prefeito na época, chega admitir aos repórteres que sua esposa esteve na cena do crime momentos antes em que se decorressem as investigações.
“Ontem (1 de outubro de 2019), o delegado no caso havia apontados nas investigações que não houveram invasão na casa onde aconteceu possivelmente o assassinato do engenheiro Flávio, no caso, o senhor falou que havia acontecido lá a invasão de dois traficantes lá… O que teria acontecido ?”
“…olha, eu vi que a minha mulher (Elisabeth Valeiko) saiu, e ela deixou uma amiga, e foi pra lá (condomínio Passaredo). Então, a verdade é que não houve invasão de ‘quebrar a porta, abrir a porta’, porque o estado deles pessoal naquele momento era tão complicado que a situação de fechar a porta deveria o de menos mesmo. Então o relato de todas as pessoas, e nós ficamos uma grande parte da noite com o meu enteado e o transferimos para um outro lugar, justamente com medo de que voltassem e o atingissem”…
Veja vídeo na íntegra:
Inconsistências
Ainda segundo o jornalista Moisés Dutra, uma das maiores inconsistências que está no próprio laudo pericial, é que marcas de sangue do engenheiro aparecem no carro da prefeitura antes mesmo dele ser jogado em terreno baldio no Tarumã. Outra incongruência, também é o número de facadas encontra pela perícia na vítima, que são 7, e diferem de apenas três facadas relatadas no depoimento dos envolvidos Mayc Parede e Elizeu da Paz. “De onde vieram as outras 4 facadas ?”, questiona o jornalista. Além disso, conformeDutra, “o depoimento de Paola Valeiko admitindo que limpou manchas de sangue antes da perícia chegar no casa do condomínio Passaredo também chama muita atenção”.
Veja documentos na íntegra:
Laudo Oficial sobre a morte do engenheiro Flávio Rodrigues
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