Briga por herança bilionária de ‘Passarão’ não sai da boca do povo
Manaus – A briga jurídica pela herança bilionária entre os familiares do falecido empresário “Passarão” continua dando que falar e não sai da boca do povo. Desde que morreu de câncer em maio deste ano, o futuro do império criado por José Ferreira de Oliveira, fundador do Porto Chibatão, avaliado em impressionantes R$21 bilhões, continua sendo uma incógnita.
Apesar de ter vindo de família simples e origem pobre, “Passarão” conseguiu criar o maior porto privado da América Latina, que já voltou às atividades regulares após superar a pior estiagem dos últimos 100 anos no Estado do Amazonas. Ainda assim, o que deveria ser motivo de orgulho, como o legado e valor da herança, acabou se transformando no pivô de uma verdadeira disputa entre os filhos e a esposa viúva, que brigam para saber quem terá direito ao controle da empresa e da ‘bolada bilionária’.
A família, consternada, descobriu duas alterações contratuais realizadas quando “Passarão” já estava gravemente doente. Suspeitas de irregularidades pairam sobre esses documentos, gerando um clima de desconfiança em relação à divisão das cotas societárias.
A controvérsia atinge seu auge com a alegação dos herdeiros de que essas alterações favoreceram a jovem viúva do empresário, responsável pelo setor financeiro do grupo. Segundo a família, quase metade das cotas societárias foi transferida para a viúva, em detrimento dos filhos, que se consideram os herdeiros legítimos.
O Grupo Chibatão, principal ativo do império de “Passarão”, manifestou-se oficialmente. A empresa assegura que as alegações dos herdeiros são infundadas e não refletem a realidade dos fatos. Por meio de sua equipe jurídica, o Grupo Chibatão afirmou que as questões em discussão encontram-se sob segredo de Justiça e alertou que a divulgação prematura dessas informações pode prejudicar o devido processo, possivelmente impactando indiretamente os negócios da empresa. O comunicado ressalta ainda que serão tomadas todas as medidas cabíveis para esclarecer os fatos e assegurar a veracidade das informações.