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Antônio Rueda deve assumir a presidência do União Brasil

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Brasil – Desde sua criação em 2021, o partido União Brasil, resultado da fusão entre PSL e Democratas, nunca conseguiu harmonizar suas diversas alas e vertentes. Atualmente, com a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, composta por 59 parlamentares, e uma fatia considerável do fundo partidário, a sigla depara-se com fissuras cada vez mais evidentes.

A agremiação, que abriga tanto ferrenhos opositores do governo Lula, como o casal Sergio e Rosângela Moro, quanto membros integrantes da Esplanada, liderando pastas importantes como Comunicações, Turismo e, de maneira indireta, Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, enfrenta desafios internos que vão além das questões políticas.

Os recentes desdobramentos indicam uma disputa pelo comando do partido, considerada por algumas lideranças como pouco efetiva, favorecendo o governo. Nesse cenário, a troca da presidência do União Brasil ganha destaque. O atual presidente, Luciano Bivar (ex PSL), será sucedido pelo advogado pernambucano Antonio de Rueda, vice-presidente nacional da sigla e pupilo de Bivar. A mudança, oficializada nos próximos dias, tem como objetivo dar mais protagonismo ao partido e fortalecer sua posição nas negociações políticas.

As divergências internas cresceram diante de episódios como a tentativa de Bivar de intervir no diretório do Amazonas, causando desconforto entre os membros da legenda. O governador Ronaldo Caiado (GO) e outros membros da cúpula expressaram descontentamento, ressaltando decisões monocráticas e a falta de consulta aos demais membros.

Antonio de Rueda, aos 48 anos, planeja oficializar sua residência no Rio de Janeiro para lançar uma candidatura a deputado federal pelo estado em 2026. Mesmo sem experiência eleitoral, Rueda traça um plano ambicioso para o partido, buscando maior protagonismo e influência nos debates políticos. A troca de comando é vista como uma oportunidade para pacificar o partido e fortalecer sua posição no cenário político nacional.

A reunião agendada para esta segunda-feira, 20, em Brasília, marca um momento crucial para o União Brasil. A Executiva pretende apresentar uma posição mais clara e coesa em relação ao governo, destacando pontos que os distanciam da gestão petista e delineando diretrizes para alianças e composições nas eleições municipais de 2024.

O partido visa ocupar um espaço no cenário político nacional, aproveitando o possível enfraquecimento do presidente Bolsonaro. Contudo, as movimentações internas indicam que, por enquanto, o partido está mais para “Desunião Brasil”.

Baseado nas informações do Veja Brasil.


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