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“171”: Alisson Leão, candidato à presidência do CREA-AM, já foi investigado por estelionato; veja documento

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Amazonas – Allisson Vicente de Araújo Leão, candidato à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), parece estar disposto a escalar as altas montanhas da política, mas carrega consigo uma sombria nuvem de suspeitas que paira sobre sua credibilidade e integridade. Sua trajetória é manchada por uma denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por envolvimento em um caso de estelionato, um crime que levanta sérias questões sobre sua idoneidade.

O MP-AM o denunciou com base no inquérito policial 4/051, após a empresa A. de Rocha Hozana, onde Alisson trabalhava na época, registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) com base no Artigo 171 do Código Penal, que trata de estelionato.

Órgão fiscalizador alega que Allisson Leão, junto com cúmplices como Carlos Augusto Rocha Costa, Marcelo Augusto Rodrigues da Silva e André Luiz Costa Rodrigues, obteve vantagem ilícita ao induzir os proprietários das empresas Casa das Correias e A. de Rocha Hozana a cometerem um erro.

 Segundo a acusação, o esquema envolveu a simulação de uma compra de mercadorias. Allisson Leão recebeu uma quantia substancial de dinheiro, R$ 9,3 mil, do empresário Carlos Hozana, proprietário da empresa A. de Rocha Hozana, para adquirir mercadorias na Casa das Correias, de acordo com um orçamento previamente estabelecido. No entanto, ele entrou em contato com Marcelo, que na época era funcionário da Casa das Correias, pagando-lhe R$ 1,5 mil e, de acordo com a denúncia do MP-AM, ambos simularam a venda.

A trama envolveu ainda o motorista Carlos Augusto, da empresa Rocha Hozana, que concordou em transportar as mercadorias subtraídas da loja por R$ 300, cita o órgão ministerial. Outro acusado, André Luiz, funcionário da Casa das Correias, mediante a promessa de Marcelo, de que receberia R$ 600, colocou a mercadoria no veículo de Carlos Augusto, conforme a denúncia do MP-AM apresentada pela promotora Lucíola Valois Coelho da Silva, no dia 25 de agosto de 2008.

O processo relativo a essas acusações teve uma extensa duração de 15 anos e foi encerrado com a suspensão condicional da punição, conforme decidido pelo juiz da 9ª Vara Criminal, Anesio Rocha Pinheiro, em 2023. A extinção definitiva ocorreu no último dia 30 de agosto deste ano, deixando-o Alisson livre para disputar as eleições marcadas para o dia 17 de novembro. 

No entanto, por mais que o caso tenha sido encerrado, a denúncia levanta uma sombra de dúvida sobre sua idoneidade e adequação  de Alisson para liderar uma organização de engenheiros e agrônomos. A sociedade e os eleitores devem considerar essas alegações com cuidado antes de tomar uma decisão que poderá refletir na vida de toda uma categoria.

Veja documento:


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