Polícia descobre que não foi dívida a causa de tragédia em família. O que realmente aconteceu?
O pai da família encontrada morta na manhã da última segunda-feira em um condomíno da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, abriu uma empresa em sociedade com a esposa, Laís Khouri, 48, em junho. Nabor Coutinho de Oliveira Junior, 43, foi achado no pátio do Edíficio Lagoa Azul, ao lado dos filhos, Henrique, 10 e Arthur de 7 anos.
A empresa, N Reach Consultoria de Sistemas LTDA, é do ramo de serviço de softwares. Ela está registrada em Minas Gerais. Nabor tinha 99% da empresa e Lais, 1%. Ele abriu a firma um mês antes de abandonar a carreira na TIM para dar consultoria na companhia americana Datami, que trabalha com marketing para celular. Nenhum dos dois tem registros de dívidas nos sistemas de crédito.
O delegado Fábio Cardoso, informou que Nador tinha problemas no novo trabalho. Segundo ele, familiares afirmaram que ele não estava feliz na empresa.
A principal suspeita é de que ele matou a mulher e os filhos antes de se suicidar.
A Polícia Civil encontrou uma carta supostamente escrita por Nabor. Segundo o registro, ele vê saídas. “Está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família (…). Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão. Mas, melhor acabar com tudo logo e evitar o sofrimento de todos”, diz a carta. As investigações ainda estão em curso. A carta será periciada por técnicos, mas a família já teria reconhecido a letra do engenheiro.
Nabor trabalhou por 18 anos na TIM e chegou ao cargo de gerente sênior. Ele tinha formação em engenharia de software e em administração, com experiência no departamentos de marketing e de inovações. A empresa emitiu uma nota afirmando que “Nabor era um profissional querido e havia se desligado voluntariamente”.
Ele morava de aluguel e tinha comprado, em 2012, outro apartamento de três quartos na Barra. O imóvel era alvo de uma disputa judicial com a construtora. O caso corria na Justiça.
Com informações do jornal “Extra”.