Operação da PF contra desvio de R$ 200 milhões da saúde do Amazonas investiga Mouhamad Moustafa dono da “Salvare”
Até o momento, a CGU apurou desvios que somam mais de R$ 110 milhões em prejuízo aos cofres públicos. As fraudes envolvem ainda, além dos serviços médicos e de administração, a prestação dos serviços auxiliares de saúde, como lavanderia, limpeza, refeições hospitalares e portaria.As empresas investigadas são comandadas direta ou indiretamente pelo médico e empresário Mouhamad Moustafa. Ele é sócio-administrador da Salvare Serviços Médicos Ltda e da Sociedade Integrada Médica do Amazonas Ltda (Simea), controlando ainda a Total Saúde Serviços Médicos e Enfermagem Ltda, por meio de procuração emitida pela presidente do INC.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisões temporárias, três mandados de condução coercitiva, 40 mandados de busca e apreensão, 24 de bloqueios de bens e 30 de sequestros de bens. As medidas estão sendo realizadas em residências e empresas nos municípios amazonenses de Manaus, Itacoatiara e Tabatinga, além das capitais Belo Horizonte, Brasília, Goiânia e São Paulo. Participam da operação 185 policiais federais, 36 auditores da CGU e 50 auditores da Receita Federal.
Veja que a Salvare foi contratada sem passar pela licitação.
Chama a atenção no extrato abaixo a justificativa da Susam para dispensa de licitação na contratação da Salvare: “A gravidade do quadro de pacientes usuários do SUS não poderá aguardar pelo trâmite de um processo licitatório, sob pena de graves prejuízos à saúde e à vida dos mesmos”. O correto é fazer tudo com a devida antecedência para evitar a dispensa de licitação; mas o mais correto é nomear servidores aprovados em concurso público.