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Protestos, denúncias, abandono do cargo e pior gestão: os dias de Amazonino na Prefeitura de Manaus

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Manaus– Há oito anos, a cidade de Manaus virava notícia nacional com o então prefeito Amazonino Mendes, hoje, candidato ao mesmo cargo, na relação dos gestores municipais com pior índice de aprovação da gestão no País, o que o obrigou a desistir da tentativa de reeleição, sendo ainda evitado como “cabo eleitoral” do pleito em curso.

Com a manchete “Amazonino Mendes: o apoio que ninguém quer em Manaus”, o jornal O Globo publicou no dia 10 de outubro de 2012, a conjuntura política da época e citou a pesquisa de A Crítica/Action, divulgada em setembro do mesmo ano, na qual apontou que mais de 40% da população considerava a administração de Amazonino “péssima”.

“Com sua administração mal avaliada e abrindo mão de disputar a reeleição, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT), é um aliado que nenhum candidato a sua sucessão quer no palanque”, diz o primeiro parágrafo do jornal carioca.

O Globo também fez alusão às constantes ausências de Amazonino do cargo de prefeito, que costumeiramente, abandonava o trabalho, fosse para fazer imersões no interior do Estado, fosse para realizar tratamentos de saúde em São Paulo.

A matéria mostrava ainda que Amazonino, com quatro anos no cargo, não conseguiu resolver problemas básicos da população, deficiências que eram destacadas, na época, por adversários em período eleitoral.

“Nessa onda, a gestão de Amazonino é alvo dos candidatos a prefeito. Eles exploram o problema de abastecimento de água na cidade, criticam o sistema de saúde e a suposta falta de creches”, diz um trecho da matéria do O Globo de 2012.

Protestos constantes

No último mandato na Prefeitura de Manaus (2009-2012), Amazonino e seu grupo foram um desastre na administração de serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água. Eram comuns notícias sobre faltas de água, principalmente, nas zonas Norte e Leste, gerando constantes protestos.

Creches e outras promessas

A meta de construir 1 mil creches prometidas nas eleições municipais de 2008, tornou-se lendária na história política de Amazonino, um feito nunca alcançado, assim como outros projetos colocados no Plano de Governo para a Prefeitura de Manaus há oito anos.

Ausências e saúde

Em 20 anos, a Prefeitura de Manaus nunca teve um mandatário que ficasse tanto tempo fora do cargo como Amazonino Mendes no último mandato. As ausências eram quase sempre justificadas para tratamento de saúde e sempre fora do Estado. Amazonino governou o Amazonas por três mandatos e teve a oportunidade de levar avanços para a Secretaria Estadual de Saúde.

Famílias abandonadas

Outro episódio que marcou a última estada de Amazonino Mendes à frente na prefeitura foi a demora e o não pagamento do auxílio-aluguel às famílias que foram obrigadas a deixarem suas casas por causa da cheia do Rio Negro, que batia recordes na época.  Motivo de protestos, a recomendação da prefeitura era para que as famílias “procurassem casas de parentes”.

Superfaturamento milionário

Dentre as denúncias de desvios de recursos públicos na última gestão de Amazonino na Prefeitura de Manaus, o episódio conhecido pela mídia como “Caso Emparsanco” foi considerado o mais grave por órgãos fiscalizadores e que, até hoje, está em investigação no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Contratada para fazer obras de tapa-buraco nas ruas de Manaus, a empresa Emparsanco S/A embolsou R$ 87.403.567,45 milhões dos cofres públicos sem comprovar a realização total dos serviços na cidade. Na época, vereadores de oposição denunciaram as suspeitas ao TCE e ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM).

Bens bloqueados

Em sua última passagem pela Prefeitura de Manaus, Amazonino amargou ainda o bloqueio de seus bens por denúncias de corrupção. Dessa vez, o alvo foi a implantação de radares eletrônicos para o monitoramento da velocidade dos veículos nas ruas.

Em 2015,  a juíza da 5ª Vara Criminal, Andrea Jane Silva, atendeu a um pedido do Ministério Público. Segundo o MP-AM, os denunciados criaram um sistema de favorecimento para a empresa responsável pela instalação de radares.

O inquérito de investigação apontou ainda supostos pagamentos de serviços que não teriam sido efetivamente prestados, além da ausência de previsão financeiro orçamentária, tudo registrado na última administração municipal de Amazonino em Manaus.

Fonte: Revista Cenarium

 

 


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