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Inflação acelera e fecha abril em 0,61%

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RIO – A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de abril em 0,61%. Em março, a alta dos preços tinha sido de 0,43%. Em abril de 2015, a taxa foi de 0,71%. Nos doze meses encerrados em abril, a inflação ficou em 9,28%. Nos quatro primeiros meses de 2016, foi de 3,25%.

Quase metade da alta do mês vem do grupo de alimentos e bebidas. Os preços subiram 1,09% e responderam por 0,28 ponto percentual. A segunda maior influência veio de saúde e cuidados pessoais com alta de 2,33%, com impacto de 0,26% ponto percentual. Já a energia elétrica caiu 3,11%, com impacto para baixo de 0,12 ponto percentual. Cigarro também registrou deflação, de 0,99%

Economistas consultados pela agência Bloomberg estimavam que o IPCA ficasse em 0,54% em abril. As projeções variavam entre 0,48% e 0,59%. Já as expectativas para o resultado acumulado nos doze meses encerrados em abril, a estimativa era de 9,21%, com taxas entre 9,24% e 9,38%. Nos doze meses encerrados em março, a taxa foi de 9,39%.

O resultado do IPCA-15, prévia da inflação oficial, já tinha apontado uma aceleração da inflação em abril frente a março. Em abril, o IPCA-15 ficou em 0,51%, acima dos 0,43% de março, mas abaixo de março de 2015 (1,07%). Já o resultado acumulado em 12 meses ficou em 9,34%, abaixo dos 9,95% do mês anterior. Em 2016, a taxa está em 3,32%.

Os maiores vilões do IPCA-15 de abril foram alimentação e bebidas, com alta de 1,35%. O grupo contribuiu com 0,34 ponto percentual, respondendo por 67% do índice. O item frutas foi o que mais puxou essa alta, com 8,52%. Açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite (5,76%), hortaliças (5,02%), batata inglesa (4,80%) e feijão carioca (4,19%) também ficaram mais caros. Por outro lado, o tomate (-8,63%) e a cebola (-3,35%) baratearam.

BC: CEDO PARA FALAR EM QUEDA DE JUROS

Na quinta-feira, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, o Banco Central (BC) reforçou sinais de que ainda é cedo para falar em queda dos juros, apesar da trégua dada pela inflação. Os diretores argumentam que a alta de preços perdeu força por causa da recessão, mas é preciso acompanhar os próximos desdobramentos.

“O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”, diz o documento.

Na semana passada, o BC manteve, pela sexta vez seguida, a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano.


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