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Goldman Sachs deve fazer maior corte de custos em anos, diz agência

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NOVA YORK – O Goldman Sachs está embarcando em seu maior corte de custos nos últimos anos à medida que tenta resistir a uma queda nos negócios, de acordo com duas pessoas com conhecimento do assunto.

A empresa, que deve relatar uma queda acentuada nas despesas no primeiro trimestre, recentemente começou a demitir mais pessoal e está cada vez mais rejeitando gastos dos executivos em passagens aéreas, hotéis e entretenimento a menos que atendam diretamente aos clientes, disseram as fontes. Por exemplo, a empresa cortou trabalhadores de tecnologia em Londres esta semana, disse uma fonte, e alguns funcionários na Europa não estão sendo autorizados a fazer viagens antes rotineiras para outros escritórios na região, disse outra. Cortes adicionais são prováveis.

O CEO Lloyd Blankfein está tentando administrar uma queda na negociação de títulos que já dura alguns anos agravada por oscilações do mercado e regulamentações mais rígidas – desafios que forçaram muitos concorrentes a fazer cortes. Ele já ajustou sua força de trabalho, contando mais com os funcionários juniores, movendo o pessoal de apoio para locais mais baratos e investindo em tecnologia para melhorar a produtividade.

— Estão diminuindo ainda mais — disse Chris Wheeler, analista da Atlantic Equities em Londres. — Eles também reduziram os traders com o aumento da eletronização de negócios já que créditos, taxas e commodities seguem as ações e o câmbio para as plataformas eletrônicas.

A questão é se os esforços serão suficientes para satisfazer os investidores quando o banco informar resultados trimestrais na terça-feira. Betsy Graseck, analista do Morgan Stanley, estima que Goldman Sachs vai divulgar que as despesas operacionais diminuíram 29% para US$ 4,76 bilhões – as menores no início de um ano fiscal em uma década. Ainda assim, isso não é tão forte quanto a queda de 37% na receita que os analistas antecipam.

Em uma conferência em fevereiro, Blankfein tranquilizou os investidores de que está mantendo um “olho de águia” nas despesas e que a empresa tinha mais flexibilidade para reduzi-las.

— Nós podemos fazer muito mais do lado dos custos, se for preciso — disse ele. — Sempre podemos fazer mais. Quero dizer, a necessidade é realmente a mãe da invenção, neste caso, especialmente quando você tem que dar um retorno. 

Em última análise, o mais recente esforço para reduzir as despesas será, provavelmente, o maior desde 2011, ou possivelmente mesmo antes, disseram as fontes. Em julho daquele ano, o banco anunciou uma iniciativa para cortar mais de US$ 1 bilhão em custos, incluindo compensações, um plano que implicou o corte de 1 mil postos de trabalho. No final do ano, as despesas caíram 14% em relação ao ano anterior.

SAÍDA DE SÓCIOS

Os funcionários seniores da Goldman Sachs não ficaram imunes este ano. Mais de seis sócios saíram desde o final de 2015, embora não seja incomum que as saídas aumentem no ano em que uma nova classe é nomeada. A empresa tem programada a promoção de outros sócios para o nível mais alto no final deste ano.

O Goldman Sachs está especialmente focado em melhorar os resultados em sua divisão de títulos, que abriga as unidades de vendas e trading, disseram as fontes. A empresa sediada em Nova York já decidiu cortar mais seu negócio de renda fixa do que um impulso típico anual para eliminar desempenhos ruins, disse uma fonte com informações sobre o assunto no mês passado. Normalmente, a empresa elimina cerca de 5% do seu total de pessoal para abrir caminho para novas contratações.

Em 2008 e 2009, Jon Winkelried, que dividiu o título de presidente e COO com Gary Cohn, liderou os esforços que eliminaram mais de 10% do pessoal da empresa. Até o final de 2009, a força de trabalho caiu para 32.500. No final do ano passado, a empresa tinha 36.800.


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