“Cadê a Picanha e o filé mignon?”: preço da carne subiu 20,8% em 2024 e especialistas preveem aumento ainda maior até 2026
Brasil – Em 2024, o Brasil enfrenta um golpe brutal no bolso dos consumidores: a carne, alimento essencial para milhões de brasileiros, teve um aumento de 20,8%, a maior alta em cinco anos. A alta escandalosa afeta diretamente os cortes mais consumidos, como acém, patinho e contrafilé, com aumentos que ultrapassam os 20%. E, como sempre, o Governo Federal se mostra completamente ausente diante da crise que castiga as famílias.
Em um ano onde o custo de vida já está insustentável, o aumento da carne, que agora pesa mais na inflação de alimentos do que qualquer outro item, é um reflexo claro da má gestão econômica e da falta de políticas públicas eficazes para controlar os preços. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a disparada, destacando que as carnes, com um impacto de 0,52 ponto percentual na inflação, são as vilãs dessa crise alimentar.
Mas o que explica essa disparada? De acordo com especialistas, quatro fatores principais estão impulsionando os preços para níveis exorbitantes: o ciclo pecuário, as condições climáticas, o aumento das exportações e o aumento da renda. Enquanto isso, o governo assiste passivamente, sem intervir de forma eficaz. O clima, com a seca e as queimadas, prejudica ainda mais a produção, mas é claro que a falta de investimentos em infraestrutura e no setor agrícola torna tudo ainda pior.
Enquanto o Brasil continua a bater recordes de exportação de carne, beneficiando o mercado externo, os consumidores nacionais se tornam reféns de preços altíssimos. O governo, que deveria garantir que a produção de carne atendesse às necessidades internas, parece estar mais preocupado com os lucros das grandes empresas de exportação do que com o bem-estar da população. As famílias, que já sofrem com o aumento generalizado de preços, agora são obrigadas a pagar preços absurdos para comprar um simples pedaço de carne.
E não para por aí. Com a redução da oferta de bois e o aumento do preço do bezerro, as previsões são ainda mais sombrias. Em 2025, os preços podem continuar subindo, e a carne poderá se tornar um artigo de luxo, inacessível para a grande maioria dos brasileiros. O ciclo da pecuária, que já está em uma fase de escassez, promete prolongar essa crise alimentar por mais anos.
O Governo Federal, em sua inatividade, é o principal responsável por essa situação caótica. Enquanto isso, o povo brasileiro, que já sofre com a inflação e os preços altos, paga o preço da ineficiência e da falta de ações concretas. A carne, um alimento essencial, está se tornando cada vez mais inacessível – e a culpa é de uma administração que se omite quando o povo mais precisa de soluções.
Dados
- Aumento de Preço:
- O preço da carne subiu 20,8% em 2024.
- Foi a maior alta desde 2019, quando houve um aumento de 32,4%.
- Impacto na Inflação:
- A carne se tornou o item com o maior peso na inflação de alimentos de 2024, representando 0,52 ponto percentual.
- A inflação de alimentos em 2024 foi de 7,69%.
- Cortes de Carne com Maior Alta:
- Acém: aumento de 25,2%.
- Patinho: aumento de 24%.
- Contrafilé: aumento de 20%.
- Período de Alta:
- O preço começou a subir a partir de setembro de 2024, após registrar quedas mensais entre janeiro e agosto de 2024.
- Fatores Explicativos para a Alta:
- Ciclo Pecuário: Após dois anos de muitos abates, a oferta de bois começou a diminuir.
- Clima: Secas e queimadas prejudicaram a formação de pastos, afetando a alimentação dos bois.
- Exportações: O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, bateu recordes de vendas.
- Renda: A queda do desemprego e a valorização do salário mínimo incentivaram a compra de carne.
- Projeções para 2025 e 2026:
- Analistas indicam que a alta nos preços pode continuar até 2026.
- A produção de carne deverá diminuir devido à redução na oferta de bovinos.
- Ciclo Pecuário e Previsões:
- O ciclo pecuário pode impactar diretamente a oferta de carne:
- Alta do ciclo: Os pecuaristas mantêm as vacas para reprodução, resultando em aumento nos preços.
- Baixa do ciclo: Mais fêmeas são enviadas para o abate, aumentando a oferta e reduzindo os preços.
- O ciclo começou a se inverter, com menor disponibilidade de animais, o que deve levar a uma pressão nos preços em 2025.
- O ciclo pecuário pode impactar diretamente a oferta de carne:
- Evolução do Preço do Bezerro:
- O preço do bezerro aumentou 32% entre julho e dezembro de 2024, tornando a produção de bezerros mais rentável.
- A alta nos preços de carne pode continuar em 2025, devido ao ciclo de produção de bezerros (com os bezerros nascendo em 2025, desmamando em 2026, e se tornando bois gordos entre 2027 e 2028).