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Ajuste fiscal será lento e difícil, diz Jorge Gerdau

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SÃO PAULO — O ajuste fiscal no Brasil será um processo lento e bastante difícil, segundo Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau. O empresário participou nesta quarta-feira de evento em São Paulo promovido pelo Instituto do Aço.

— Um ajuste fiscal brasileiro é um processo lento e bastante difícil porque é muito dinheiro que está desbalanceado — justificou ele, que estava na plateia e pediu a palavra durante painel que tratava da difícil situação enfrentada pela indústria.

Para Gerdau, o Brasil tem “só duas saídas: investir em infraestrutura e na exportação”. Ele também afirmou que “o modelo de subsídios se esgotou” e reforçou que a indústria precisa ser fortalecida, por meio das exportações sobretudo, para que o País volte a crescer.

— O momento político precisa entender que é preciso retomar o crescimento.

No mesmo dia em que o Banco Central decidirá o rumo da taxa básica de juros (Selic), Gerdau criticou duramente o nível do juro no país e chamou de “loucura” o patamar da taxa nacional. Em suas palavras, o alto nível do “custo do dinheiro inviabiliza a competitividade”. Ele citou que levando em conta um ranking global de juro real (em que a inflação é descontada), o Brasil lidera com folga a listagem apresentando taxa de 7%.

— E em segundo lugar está Rússia com 2% de juro real. Logo depois aparecem 40 países que têm taxa de 0,05% positivo ou negativo. Isso é um custo brasileiro que toda a cadeia tem — afirmou, completando em tom de ironia: — Será que o Brasil é o único país inteligente do mundo?


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