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Agravamento da crise política pode adiar recuperação da economia

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BRASÍLIA – O agravamento da crise política – provocado pelo vazamento da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) – pode adiar ainda mais a recuperação da economia, avaliam integrantes do governo. Segundo eles, a recessão pode se estender até o último trimestre de 2016 e, assim, a atividade só teria condições de mostrar alguma recuperação em 2017.

Em nota divulgada nesta quinta-feira para comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, o Ministério da Fazenda afirmou que a economia brasileira tem condições de se estabilizar no terceiro trimestre de 2016 e registrar crescimento já nos três meses seguintes. No entanto, nos bastidores, a avaliação é mais pessimista. Isso porque a delação de Delcídio deixou a presidente Dilma Rousseff mais frágil e trouxe nova força a um processo de impeachment.

— Tudo isso contamina a economia e pode atrapalhar o crescimento, atrasar a recuperação para 2017 — afirmou um integrante da equipe econômica.

Por isso, a ordem é tentar acelerar a agenda econômica e encaminhar para o Congresso o mais rápido possível as propostas de reformas fiscal e da Previdência. A avaliação é que não se pode mostrar uma paralisia por causa dos problemas políticos. Nesta sexta-feira, a presidente se reúne com governadores para fechar formalmente um acordo de alongamento das dívidas dos estados com a União por mais 20 anos. Essa proposta, assim como o projeto de lei que fixa um teto para os gastos públicos, serão enviados ao Congresso ainda este mês.

— Se as reformas andarem e se o governo mostrar que não está paralisado, a economia também vai acompanhar esse movimento — disse o técnico.


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