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Ações da Vale despencam e fazem Ibovespa recuar 0,76%

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SÃO PAULO – As ações da Vale despencam nesta quarta-feira, refletindo a queda do preço do minério de ferro na China e a multa do Ministério Público Federal em cima da Samarco e suas proprietárias — a mineradora brasileira e a BHP Billiton. Esse desempenho está sendo determinante para o recuo de 0,76% da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Já o dólar comercial também operava. Às 13h15, a moeda americana tinha queda de 1,17% ante o real, cotado a R$ 3,526 na compra e a R$ 3,528 na venda, em um pregão sem a atuação do Bano Central (BC).

Na terça-feira, o MP pediu uma indenização de R$ 155 bilhões à Samarco, Vale e BHP. Os papéis da anglo-australiana fecharam com recuo na Bolsa de Sidney e registram forte queda na Bolsa de Londres. Já os papéis preferenciais da Vale (PNs, sem direito a voto) caem 4,85% (R$ 13,90) e os ordinários (ONs, com direito a voto) despencam 5,94% (R$ 17,55).

Devido à multa, analistas do UBS recomendam cautela aos investidores, uma vez que há muita incerteza sobre a aplicação dessa punição e as possibilidades de recurso. Além da determinação do MP, afetam também os negócios do setor de mineração a queda no preço do minério de ferro na China. No porto de Qingdao a tonelada recuou 5,24%, a US$ 60,09.

BOLSAS EM QUEDA

Já as demais ações com forte participação no índice e elevada liquidez estão em terreno positivo. Os papéis PNs da Petrobras sobem 2,86%, cotados a R$ 10,06, e os ordinários têm alta de 2,65%, a R$ 13,16. No mercado internacional, o barril do petróleo está praticamente estável, com leve variação positiva de 0,02%, a R$ 44,98.

No caso dos bancos, os preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco sobem, respectivamente, 2,52% e 4,02%. As ações do Banco do Brasil registram valorização de 2%.

A Bolsa brasileira não é a única em queda. Nos Estados Unidos, o Dow Jones perde 0,47% e o S&P 500 recua 0,62%. Na Europa, os principais índices fecharam em terreno negativo. O DAX, de Frankfurt, teve desvalorizçaão de 0,99%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 1,09%. Já no caso FTSE 100, de Londres, a desvalorização foi de 1,19%.

— Toda as principais bolsas do mundo em queda, trazendo de volta a aversão ao risco. Há a preocupação recorrente com o crescimento da China, apesar de declarações otimistas do presidente Xi Jinping. Há ainda indicadores mistos sendo coletados nos EUA e a expectativa de aumento de juros, ainda que não seja tão viável agora em junho — explicou Alvaro Bandeira, economista chefe da Modalmais.

DÓLAR SOBE SEM O BC

O Banco Central não atuou nesta quarta-feira com a oferta de swaps cambiais reversos, contratos que têm efeito de compra da moeda no mercado futuro. Com isso, o dólar tem desvalorização e na mínima atingiu R$ 3,528.

No mercado de câmbio, o dólar se desvaloriza, indo na contramão do mercado externo. O “dollar index”, calculado pela Bloomberg, tem leve alta de 0,17%.

Na véspera, a moeda americana fechou com alta de 2,26%, a R$ 3,57, acompanhando o clima de aversão a risco entre os investidores globais após dados negativos da economia chinesa e declaração de membro do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre elevação de juros.


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