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Presidente da Comissão dos Direitos Humanos no Amazonas defende membros da FDN

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Manaus – O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEAM (Assembleia Legislativa do Amazonas) , Dermilson Chagas (PP), afirmou durante uma entrevista concedida na última segunda-feira (06), para uma rádio local, que a operação policial que matou 17 traficantes no bairro Crespo, Zona Sul da cidade, em outubro de 2019, deve ser investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), por supor que existem contradições no que o governo do Estado e a Secretária de Segurança Pública (SSP) afirmam.

De acordo com Dermilson Chagas, ele estaria “defendendo o direito à vida”, e que, atualmente, segundo ele, a polícia do estado do Amazonas não é confiável. Durante a entrevista, o deputado também teve a coragem de afirmar que os membros de grupos de facções criminosas, que foram mortos em confronto com a polícia, foram “jovens vítimas” do sistema de segurança do Amazonas. A declaração polêmica do presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEAM foi feita após ele ser questionado sobre uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, onde traz detalhes sobre a operação policial que aconteceu em outubro na cidade de Manaus.

 Os 17 indivíduos mortos durante a mega ação da polícia do Amazonas para conter grupos criminosos na Zona Sul da capital, eram integrantes da facção FDN (Família do Norte) que planejava homicídios contra um grupo rival, segundo a Polícia Militar. De acordo com o comandante geral da PM, coronel Ayrton Norte, a polícia recebeu denúncia de que, ao menos, 50 pessoas armadas estariam em um caminhão baú, em direção a um beco conhecido como JB Silva, na Rua Magalhães Barata, entre os bairros Crespo e Betânia, na Zona Sul.

 “Nossas viaturas de ronda e com a Força Tática foram até o local, houve o primeiro confronto, em que a Força teve êxito na intervenção policial [de um homem]. Em seguida, os policiais da Rocam foram acionados para dar apoio nessa ocorrência com cinco equipes. Nós tivemos três confrontos e nesses três totalizamos outras 16 intervenções policiais por parte da Rocam.

Ou seja, ao todo foram 17 intervenções policiais”, detalhou o comandante ao contabilizar os mortos pela corporação. Durante a abordagem policial, a maior parte dos suspeitos conseguiu fugir. Ainda não se tem informações sobre a localização do caminhão que era usado pelo grupo. Todos os 17 indivíduos que foram baleados em confronto com a polícia foram conduzidos ao Pronto-Socorro e Hospital 28 de agosto, onde foram confirmadas as mortes.

A polícia apreendeu durante a ação 17 armas de fogo, entre revólveres e armamento pesado. Elas foram apresentadas pela PM em frente ao hospital, em cima das viaturas. O secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, coronel Louismar Bonates, se pronunciou sobre as mortes. Ele afirmou que “a polícia não mata, a polícia intervém tecnicamente”. Ainda segundo o comandante, foi o “maior confronto do Amazonas”.

“Nós sentimos pelas famílias. O trabalho da polícia não é ter esse tipo de confronto. É, sim, prender as pessoas. Mas, se eles [os suspeitos] vierem trocar tiros com a polícia, infelizmente as suas famílias é que vão chorar pelo ente perdido”, disse o coronel. Assista aos vídeos com alguns traficantes que foram mortos durante a ação policial:


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