Presidente Bolsonaro desabafa sobre Ômicron e critica tendência da volta da política do “fique em casa”
Brasil – O presidente Jair Bolsonaro (PL) desabafou nesta terça-feira (7/11) sobre a tendência da volta das políticas coletivistas que tenderão a pressionar a sociedade a se trancafiar em casa e a fechar investimentos ao país por conta da preocupação com a variante Ômicron.
“Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, porra? De novo vai começar esse negócio? Ah, a ômicron. Vai ter um montão de vírus pela frente, de variantes talvez. Peço a Deus que esteja errado. Temos que enfrentar. Temos aqui o Braga Netto, ministro da Defesa, ninguém vai ganhar a guerra na trincheira. Chega do fique em casa e economia vê depois”, disse.
O presidente Bolsonaro também desejou que a pandemia chegue logo ao seu momento final. “Pelo que tudo indica, tem a vacina que está aí, tem a imunidade de rebanho que está aí, estamos chegando ao final dessa pandemia, peço a Deus que estejamos todos certos.”, declarou o presidente.
“Ouso dizer, falam para não tocar no assunto de vacina. Nós disponibilizamos para quem quisesse, mas hoje em dia, já sabemos, quem toma vacina pode contrair o vírus e pode transmitir o vírus e pode morrer também, infelizmente”, disse o presidente em uma crítica implícita à implantação do chamado “passaporte de vacina”, que restringe o acesso de pessoas não inoculadas à locais públicos e privados.
“Falei de um possível medicamento, né? Eu tomei e deu certo. E logo em seguida destruíram o que é mais importante para o médico: a sua autonomia”, defendeu o presidente Bolsonaro sobre a autonomia da ciência.
Veja:
A declaração foi feita durante evento organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para apresentar propostas para a retomada da indústria e geração de emprego.
Confirmaram presença no almoço, segundo a confederação, 15 ministros do governo. Os ministros Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores), Braga Netto (Defesa) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) foram convidados para compor o palco. Os chefes da Defesa e da Infraestrutura subiram no espaço de destaque de última hora, a pedido do chefe do Executivo. Congressistas e empresários estiveram na cerimônia, no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), em Brasília.