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Prefeito recebe reconhecimento da ONU por acolhimento a indígenas venezuelanos

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Manaus- O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, recebeu do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) um documento de reconhecimento pelas ações desenvolvidas pela prefeitura, de acolhimento e apoio aos índios venezuelanos de etnia Warao, que chegaram à cidade a partir do ano passado, fugindo da grave crise econômica e social no seu país de origem.

O documento foi entregue pela representante da Acnur no Brasil, Isabel Marquez, durante jantar em que também estiveram presentes a primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária (FMS), Elisabeth Valeiko Ribeiro, e os secretários municipais da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), Elias Emanuel; da Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi; da Educação (Semed), Kátia Schweickardt; e de Comunicação (Semcom), Eric Gamboa.

“As ações desenvolvidas pela prefeitura são uma clara demonstração da capacidade e da solidariedade que a administração e a população têm em relação aos venezuelanos”, diz o documento.

Segundo Isabel Marquez, representante da Acnur no Brasil, o ato é um reconhecimento pelo esforço da prefeitura em receber, acolher e proteger os refugiados e que vem sendo acompanhado de perto pelo órgão internacional. “Nós temos trabalhado muito junto com a prefeitura e outros parceiros para poder ajudar realmente essa população”, avaliou.

O prefeito disse sentir-se gratificado pelo reconhecimento da Acnur e o recebeu em nome da população de Manaus. “Eu recebo essa homenagem em nome do povo de Manaus com uma honra enorme. Significa que o trabalho feito aqui virou referência. Inclusive já temos muitos servidores nossos dando suporte em Roraima para ajudar nessa situação”, afirmou o Arthur Neto. O prefeito ressaltou, ainda, que Manaus está pronta a continuar com o trabalho referenciado e ampliar algumas ações.

Segundo com o secretário Elias Emanuel, da Semmasdh, a Prefeitura de Manaus trabalha em parceria com outros órgãos estaduais e federais, além de instituições não-governamentais, mas não deixa de assumir o protagonismo no acolhimento e atendimento das populações indígenas venezuelanas aqui refugiadas. “O nosso grande desafio este ano será atender a população não-indígena”, avisou Emanuel.

Na área de saúde, um dos pontos fortes do programa de acolhimento aos venezuelanos foram os atendimentos realizados pelo “Consultório de Rua”. E haverá, ainda, novidades nessa assistência e realização de exames e medidas de prevenção. “Agora, os indígenas abrigados também terão acesso à rede básica de saúde, por meio das UBSs”, informou o secretário da Semsa, Marcelo Magaldi.

Já na educação, a prefeitura iniciou o diagnóstico da situação das crianças indígenas que estão nos abrigos e a identificação de professores Warao, para que essas crianças possam ter acesso à educação. “É um trabalho difícil e complexo, mas vamos construir um processo pedagógico para essas crianças, em conjunto com a comunidade e respeitando suas raízes e cultura”, disse a secretária da Semed, Kátia Schweickardt.

Texto: Jacira Oliveira / Semcom


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