PL de Bolsonaro passa a ter a maior bancada no Congresso e ganha força para impeachment de ministros do STF
Amazonas – O alerta entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (TSE) acendeu na noite deste domingo, com os nomes eleitos para o Senado. Das 27 vagas na Casa, 14 foram preenchidas por nomes apoiados por Bolsonaro, que defendem a pauta pela liberdade contra os abusos de poder do Judiciário.
Dos 14 eleitos para o Senado com o apoio de Bolsonaro, quatro são ex-ministros de seu governo: Rogério Marinho (RN), Marcos Pontes (SP), Tereza Cristina (MT) e Damares Alves (DF). Há também o ex-secretário Jorge Seif (PL-SC), o vice-presidente, Hamilton Mourão (RS-Republicanos), e aliados como Cleitinho (PSC-MG), Romário (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Wilder Morais (PL-GO), Wellington Fagundes (PL-MT), Jaime Bagattoli (PL-RO), Dr. Hiran (PP-RR) e Dorinha (UB-TO).
Além dos novatos, seguem na bancada bolsonarista nomes como Carlos Portinho (PL-RJ), Carlos Viana (PL-MG), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (PL-RO) e Zequinha Marinho (PL-PA). Apesar da ligação com o bolsonarismo, a maior parte votou em Pacheco para a Presidência do Senado.
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ATENÇÃO!
Como a maior bancada do Senado, o PL terá o poder de indicar e eleger o próximo presidente da Casa.
Isso faz toda a diferença, pois é ele quem detém o poder monocrático de dar andamento aos pedidos de impeachment de togados.
2023 promete!
— Saul Christos 🇧🇷 (@saulchristos) October 3, 2022
Ministros vão pressionar Rodrigo Pacheco
A avaliação entre a maioria dos ministros da corte é que a eleição deste domingo transformou o Congresso em um campo conservador nunca visto no período democrático do país.
Na avaliação dos ministros do Judiciário, a vitória dos conservadores nas urnas fará com que Pacheco tenha que agir a favor da esquerda e contra os conservadores. Vale lembrar que o Senado é a Casa que pode conduzir processos de impeachment de integrantes do STF. O presidente Bolsonaro chegou a pedir o impeachment de Alexandre de Moraes, no ano passado, o que foi prontamente rejeitado por Pacheco.
Magistrados apontam que esse cenário exigirá de Pacheco uma postura firme e contundente à frente da Presidência do Senado. Além disso, o parlamentar conta com mais um desafio: assegurar sua reeleição como presidente da corte no ano que vem.
O mineiro também conta com o apoio do campo do centro, principalmente, de seu partido, o PSD, que terá a segunda maior bancada, com 12 senadores, e com votos de nomes que hoje integram o União Brasil e do MDB. Ambos elegeram 10 senadores.
No campo da esquerda, o PT manteve a quinta maior bancada do Senado, indo de sete para nove senadores. Os petistas também ajudaram Pacheco a se eleger presidente do Senado e devem manter o apoio para reeleger o mineiro.