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Após Barroso autorizar desfiliação do PL, Marcelo Ramos agora vê partido como “extremista”

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"Persona non grata" no PL, Marcelo Ramos agora vê partido como "extremista" enquanto Barroso autoriza desfiliação

Amazonas – O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou, na última terça-feira terça-feira (21/12), a desfiliação do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, do PL (Partido Liberal). O ministro Luís Roberto Barroso entendeu que a divergência política entre o parlamentar e a sigla “se instalou e se tornou aguda de forma rápida” e reconheceu que as diferenças podem prejudicá-lo politicamente.

“Não é possível negar a magnitude dos impactos políticos que advêm do ingresso do Presidente da República em uma legenda, especialmente para os filiados que assumam publicamente posição contrária àquele. Esta é a situação do requerente, que possui atuação notoriamente contrária ao governo federal e tem sido, por isso, alvo de ataques do grupo que passará a ter forte influência nos rumos da legenda”, diz a decisão do ministro.

Visão sobre o PL

Em entrevista à imprensa, o deputado e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (sem partido), afirmou que a chegada do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Partido Liberal mudou a linha política. “Com sua chegada, o PL não é mais de centro-direita, está perto de algo mais extremista”, comenta.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou a desfiliação de Ramos nesta terça-feira (21). Essa é a primeira ação ajuizada após a mudança constitucional aprovada pelo Congresso que considera a carta de anuência como motivadora de desfiliação. “Acredito que isso abrirá portas para que outras cartas justificadas com um verdadeiro “porque” sejam reconhecidas pelo Supremo”.

Ramos destacou ainda que “não me cabe nessa nova linha programática com a entrada de Bolsonaro”. O deputado disse que tem um diálogo aberto com o partido. “Saí pela porta da frente”.

Aversão ao presidente Bolsonaro

O vice-presidente da Câmara dos Deputados afirmou ainda que possui segurança jurídica, pois, – apesar de sua saída precisar ser confirmada pelo plenário -, sua desfiliação foi pactuada com o partido.

Sobre a futura filiação, o deputado destacou que tomará somente no ano que vem. “Preciso esperar um quadro mais claro, não quero correr o risco de me filiar a um partido que resolva apoiar Bolsonaro”, diz.


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