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O Robin Hood reverso do Amazonas: Roberto Cidade e o milagre dos impostos que só sobem

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Amazonas – Enquanto o lendário Robin Hood roubava dos ricos para dar aos pobres, o Amazonas parece ter encontrado seu próprio anti-herói.Com Roberto Cidade na presidência da Aleam, os impostos se tornaram a estrela do espetáculo tributário: eles sobem, crescem e florescem para o povo, enquanto certos setores, coincidentemente ligados à sua família, desfrutam de alívios fiscais dignos de aplausos.

Os impostos que fazem história 

Na liderança da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade supervisionou um verdadeiro show de mágica tributária.

O ICMS, aquele imposto que afeta tudo, de energia elétrica a combustíveis, deu um salto de 18% para 20%.

Enquanto isso, o IPVA também recebeu seu “upgrade”, com alíquotas progressivas que chegam a 4%, transformando o simples ato de possuir um veículo em um luxo digno de milionários.

Para o cidadão comum, isso significa contas mais altas e tanques de gasolina mais vazios. Mas quem disse que sacrifícios não são necessários para manter as contas do governo equilibradas? Só que, aparentemente, nem todos precisam fazer parte desse esforço coletivo.

A única redução de impostos que caiu do céu

Enquanto os impostos crescem para a maioria da população, *a Resolução nº 0002/2023-GSEFAZ trouxe um benefício inesperado (ou estrategicamente planejado) para empresas de locação de veículos:uma redução na alíquota do IPVA para apenas 0,7%. Para se qualificar, é necessário ter uma frota mínima de 10 veículos registrados no estado.

E, adivinhe só? A Navegação Cidade Ltda., empresa da família de Roberto Cidade, se encaixa perfeitamente nesses critérios.

O fato é que essa empresa, especializada em locação de automóveis sem condutor, agora desfruta de uma carga tributária mais leve, enquanto o resto do Amazonas luta para equilibrar as finanças pessoais.

Robin Hood ao contrário?

Se Robin Hood roubava dos ricos para dar aos pobres, a gestão de Roberto Cidade parece ter reinventado a roda: o povo paga mais, enquanto alguns setores muito específicos pagam menos. Afinal, não é para isso que serve a criatividade legislativa?

E o povo, como fica?

O amazonense, que já lida com um custo de vida elevado, agora tem mais uma equação para resolver: pagar contas infladas ou investir na abertura de uma empresa de locação de veículos (e torcer para ser incluído nos benefícios tributários). Quem sabe, assim, consiga participar do clube exclusivo dos favorecidos.

Rindo para não chorar

A presidência de Roberto Cidade na Aleam ficará marcada como um exemplo de como navegar o complexo mundo tributário pode ser mais lucrativo para alguns do que para outros. Enquanto o povo paga a conta, alguns observam de camarote, brindando às oportunidades que só a boa gestão pública pode proporcionar.

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