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MPE investiga licitação fraudulenta de R$ 7 milhões do prefeito Beto D’Ângelo em Manacapuru

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Manacapuru – O Ministério Público do Amazonas (MPAM), propôs Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa contra o Prefeito de Manacapuru, Betanael D’Ângelo, por fraude em licitação para contratação de empresa para prestar serviços de mão de obra para a limpeza pública entre 2017 e 2019, no valor global de R$ 7 milhões.

A licitação foi aberta em 07 de fevereiro de 2017, e por ‘coincidência’, a única concorrente foi a empresa P. de S. Andrade Eirelli – EPP, que acabou vencendo o processo licitatório.

O MP encontrou diversas irregularidades na licitação, entre elas publicidade precária, objeto genérico, julgamento conivente, datas incoerentes, endereço de fachada, coincidência de diagramação e até erros de grafia entre documentos da Prefeitura e da empresa vencedora.

“Betanael da Silva D’Ângelo, na qualidade de Prefeito do Município de Manacapuru, homologou o certame licitatório fraudulento montado por seus subordinados para mascarar uma dispensa indevida do procedimento licitatório e adjudicou o objeto licitado”, apontou, na Ação, o Promotor de Justiça Márcio Pereira de Mello, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Manacapuru.

Primeira denúncia

O MPAM instaurou o Inquérito Civil n. 001.2018.03.54, em maio de 2017, após denúncia feita por uma empresa contra a Prefeitura e a lisura do processo licitatório.

Segundo documentos requisitados pelo MP, o Pregão Presencial nº 017/2017-CGPL, do qual a empresa P. de S. Andrade não participou, foi suspenso e depois cancelado devido a impugnação do edital por uma das empresas concorrentes.

Em 18 de dezembro de 2017, o Presidente da CGPL, Antônio Carlos de Souza Castro, informou ao MP que até aquela data, não havia nenhum procedimento para nova contratação de empresa para a limpeza pública da cidade. Mas durante pesquisa feita no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas a declaração do presidente da licitação foi desmentida, mostrando que a Prefeitura de Manacapuru havia contratado a empresa P. de S. EIRELI – EPP, para a “prestação de serviços de mão de obra, para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos de Manacapuru/AM, pelo menor preço, por item”, pelo Pregão Presencial n.º 030/2017CGPL, com valor global do contrato de R$7.014.612,00.

Além do Prefeito, são alvo da ação de improbidade o presidente da Comissão de Licitação, Antonio Castro, e o secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Paulo Onety, que, para o MPAM, “atuaram na montagem do certame licitatório, para mascarar uma dispensa indevida de licitação”, a dona da P. de S. Andrade, Pauliane de Souza Andrade, que, segundo o MPAM “além de ter participado da montagem do certame fraudulento, foi a beneficiária da dispensa indevida do procedimento licitatório”, e a própria empresa.

O MPAM pediu à Justiça a decretação liminar da indisponibilidade dos bens dos requeridos no montante de R$ 7.014.612,00 e a determinação de suspensão da execução do contrato administrativo e de quaisquer repasses da Municipalidade à empresa P de S Andrade Eireli – EPP, sob pena de cominação de multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento.

Com informações Ministério Público do Amazonas 


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