Ministério da Saúde substitui as palavras ‘Mulher’ e ‘Mãe’ por ‘Pessoa que Pariu’ em campanha sobre pós-parto
Brasil – O Ministério da Saúde causou controvérsia nas redes sociais ao substituiu as palavra “mulher” e “mãe” por “pessoa que pariu” em uma campanha no Instagram sobre o puerpério, fase pós-parto. A publicação, realizada no último domingo (14), buscou abordar as questões relacionadas ao período após o parto, estimando uma média de seis semanas para o puerpério.
Na divulgação, o Ministério da Saúde destacou: “Estima-se que o tempo médio do puerpério é de seis semanas, começando imediatamente após o parto do bebê. Contudo, esse período pode ser variável de acordo com cada realidade, especialmente quando relacionado à amamentação. Durante esta fase, a pessoa que pariu ou vivenciou uma perda gestacional está readequando a sua rotina à nova realidade.”
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A mudança na linguagem, no entanto, gerou reações negativas, principalmente por parte da Associação de Mulheres, Mães e Trabalhadoras do Brasil (Matria). A Matria expressou revolta, apontando para uma adesão do governo à chamada “cultura woke”, que, segundo a associação, prioriza demandas masculinas e desumaniza as mulheres. A entidade argumentou que a atitude do governo atual contribui para a desconsideração da identidade feminina, tratando-as como uma “identidade”, “performance” ou conjunto de “estereótipos”.
A polêmica se intensificou quando uma seguidora da página do Ministério da Saúde interpelou a pasta, questionando a escolha de substituir a palavra “mulher” na comunicação direcionada a elas. A mulher questionou se a atitude era misógina e por que a pasta estaria “apagando a palavra mulher” da comunicação destinada ao público feminino.
O Ministério da Saúde não se pronunciou oficialmente sobre a controvérsia até o momento, mas a polêmica continua gerando debates e discussões nas redes sociais sobre o uso de linguagem inclusiva e suas implicações na comunicação institucional.