Michelle vai representar Bolsonaro na posse de Donald Trump nos EUA; veja vídeo
Brasil – A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro viajará aos Estados Unidos para representar seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na posse de Donald Trump como presidente norte-americano. A informação foi confirmada pelo próprio Bolsonaro durante entrevista ao programa Faroeste à Brasileira nesta quinta-feira, 16.
O ex-presidente revelou que Michelle foi pessoalmente convidada para o evento e que terá um tratamento especial em razão da amizade entre Bolsonaro e Trump. “Ela vai fazer sua parte. Vai ter um tratamento bastante especial lá, pela consideração que o presidente Trump tem para comigo”, afirmou.
Bolsonaro destacou os laços de amizade que construiu com Trump ao longo de dois anos e mencionou que o norte-americano manteve seu apoio mesmo após ele deixar a Presidência. “É comum, quando você está no poder, ter seus amigos, mas quando deixa o poder, 90% vai embora. Com Trump isso não aconteceu”, declarou.
Bolsonaro compara desafios enfrentados com os de Trump
Durante a entrevista, Bolsonaro traçou um paralelo entre os ataques sofridos por Trump e o atentado que sofreu em 2018, quando foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG). “Tudo o que ele sofreu lá, eu venho sofrendo aqui. Até as similitudes do tiro, que pegou na orelha dele, e a facada que levei no estômago.”
O ex-presidente também voltou a criticar a investigação envolvendo Adélio Bispo, autor da facada. Segundo ele, uma parte da Polícia Federal teria protegido Adélio após o ataque. Bolsonaro ainda levantou teorias sobre supostos financiadores do atentado e comparou o caso ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002.
“Adélio cumpriu ordens de alguém e foi pago para me assassinar. Celso Daniel tinha dossiês que, se tornados públicos, iriam por terra a eleição do Lula em 2002”, afirmou. Bolsonaro alegou que as investigações sobre Adélio foram sabotadas e lamentou que seu advogado, Frederick Wassef, tenha tido o sigilo telefônico quebrado, enquanto os advogados de Adélio não foram investigados.
Bolsonaro critica delegado da PF e reforça teorias sobre atentado
O ex-presidente não poupou críticas ao delegado Rodrigo Fernandes, que liderou o inquérito sobre o atentado. Bolsonaro afirmou que Fernandes assumiu um cargo de diretoria na Polícia Federal após a posse de Lula, supostamente com a missão de persegui-lo. Ele ainda insinuou que imagens de segurança que poderiam esclarecer o caso nunca foram disponibilizadas.
“Uma pessoa chamada Adélio Bispo tentou entrar na Câmara dos Deputados no mesmo dia e horário do atentado, mas as imagens de segurança sumiram”, acusou.
Passaporte retido impede Bolsonaro de viajar
A presença de Michelle na posse de Trump ocorre em meio a um impasse jurídico que impede Bolsonaro de sair do Brasil. Seu passaporte permanece retido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito de investigações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.