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Maria do Carmo, a vice de Alberto Neto, e sua ‘cara de pau’ de querer cobrar o que não paga

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Manaus – Em meio à corrida eleitoral para a Prefeitura de Manaus, uma figura tem se destacado por sua “sinceridade” digna de risos e indignação. Maria do Carmo Seffair, candidata a vice-prefeita na chapa de Capitão Alberto Neto, virou alvo de críticas após assumir, com a tranquilidade de quem diz que “a água molha”, que deve nada menos do que R$ 10,5 milhões em IPTU. Isso mesmo, R$ 10 milhões só da sua faculdade, a Fametro, e mais R$ 500 mil em seu CPF.

Mas, para ela, essa dívida milionária não é motivo de preocupação. Em um debate recente, Maria do Carmo deixou claro que, no mundo dela, dever imposto é “normal”. Afinal, quem nunca, né? Enquanto muitos manauaras se viram para pagar o carnê do IPTU, ela opta por uma abordagem mais “criativa” de gestão: alavancar seu negócio sem se preocupar em repassar uma parte para os cofres públicos. “É normal dever IPTU”, declarou com a serenidade de quem achou que essa justificativa colaria.

Agora, imagine a cena: Maria do Carmo e Capitão Alberto Neto vencendo as eleições e assumindo a Prefeitura de Manaus. Em seu primeiro ato, ela provavelmente dirá aos cidadãos, com aquele tom amistoso: “Paguem o IPTU direitinho, viu? Senão, a gente judicializa!”. Afinal, cobrar é bom, mas pagar é só para quem “não entende as complexidades” da vida empresarial como ela. Fica a pergunta: com que moral ela vai bater à porta dos cidadãos e dizer que é hora de saldar as dívidas de IPTU?

A piada é que a Fametro, que Maria administra, não tem a mesma flexibilidade com seus alunos. De acordo com os relatos, a faculdade não hesita em levar inadimplentes ao protesto . Uma verdadeira aula de “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Enquanto isso, os alunos, muitos deles vindos de famílias humildes, têm que lidar com a realidade de que não há alavancagem financeira que justifique atrasos no pagamento das mensalidades.

Em uma mistura de deboche e ironia, Maria do Carmo argumenta que sua empresa, assim como qualquer outra, precisa escolher entre pagar os 4 mil funcionários ou pagar impostos. Um argumento digno de um curso intensivo de “gestão criativa de recursos públicos”. E, claro, ela faz isso pelo bem dos colaboradores! Afinal, o que são alguns milhões de IPTU não pagos perto do seu compromisso com o emprego de tanta gente? .

A campanha de Maria e Alberto Neto, assim, promete ser um espetáculo à parte. E, caso eleitos, resta aos manauaras a curiosidade de saber se a nova administração usará a mesma lógica criativa ao lidar com as finanças da cidade. Será que, de repente, todos poderão adotar essa prática do “é normal dever”? Afinal, quando uma candidata assume publicamente que deve e ainda acha que está tudo bem, fica difícil não rir para não chorar.

Enquanto isso, a candidatura segue, e Maria do Carmo, com seu estilo peculiar, tenta convencer o eleitorado de que é a solução que Manaus precisa. O que ninguém sabe é se ela será capaz de resolver ao menos o próprio problema com a dívida que se acumula nos cofres da Prefeitura.


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