Lula compara democracia com adultério e diz que amantes são mais amadas que esposas; veja vídeo
Brasil – Em mais uma demonstração de sua capacidade de improvisar declarações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu transformar um discurso sobre democracia em uma metáfora desastrosa que ofendeu mulheres e trouxe desconforto a todas as famílias de bem no Brasil. Durante o evento neste dia 8 de janeiro, Lula declarou que “maridos tendem a amar mais as amantes do que as próprias esposas” para se autointitular um “amante da democracia”.
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A frase, que deveria ser um elogio ao regime democrático, soou mais como um tropeço desnecessário e sexista. Com Janja da Silva, sua esposa, sentada na primeira fileira, o presidente fez uma analogia que não apenas banalizou a importância da democracia, mas também recorreu a estereótipos machistas que deveriam estar longe de um chefe de Estado em pleno século XXI.
– Não sou nem marido, eu sou um amante da democracia. Porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia – declarou Lula, como se estivesse em um palanque informal, e não no Palácio do Planalto.
A metáfora desnecessária
A escolha de palavras de Lula é mais um exemplo de sua tendência a confundir informalidade com descuido. Em um momento solene, em que o foco deveria ser o fortalecimento das instituições democráticas após os ataques de 2023, o presidente optou por uma comparação que reforça clichês ultrapassados e desrespeita o papel das mulheres na sociedade.
Se a intenção era demonstrar paixão pela democracia, o efeito foi o oposto. Lula reduziu a discussão sobre um tema sério a uma piada de mau gosto, que reflete mais sobre sua visão pessoal do que sobre os valores democráticos que deveria defender.
Críticas abafadas por aliados
Ao ser questionado pela imprensa sobre a declaração, Sidônio Palmeira, futuro ministro da Secretaria de Comunicação, preferiu minimizar o episódio e até sugeriu que o estilo de Lula é um dos motivos de sua popularidade.
– O presidente tem vários atributos, inclusive com a fala. Ele é o que é pelo jeito de falar – disse Sidônio, tentando justificar o injustificável.
Enquanto isso, nas redes sociais, a repercussão foi intensa. O público se dividiu entre aqueles que criticaram a fala como sexista e inoportuna, e os apoiadores que, mais uma vez, passaram pano para uma declaração que seria inaceitável se proferida por outro político.
Um discurso que perdeu o rumo
O evento, que deveria ser uma reafirmação dos valores democráticos, foi ofuscado pela falta de sensibilidade do presidente. Em vez de concentrar-se na importância de fortalecer as instituições após o 8 de janeiro, Lula decidiu transformar o palco em uma oportunidade para mais uma de suas declarações improvisadas e desastrosas.
Com a gravidade da atual conjuntura política, a democracia não precisa de “amantes”. Precisa de líderes comprometidos, conscientes do peso de suas palavras e capazes de inspirar respeito e confiança. Lula, ao comparar um regime político vital a um caso extraconjugal, mais uma vez mostrou que nem sempre está à altura da responsabilidade que o cargo exige.