Justiça manda prender ‘Dama do Tráfico’ que foi recebida por ministério de Lula
Amazonas – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou, nesta quarta-feira (29), a prisão definitiva de Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico”. A decisão foi expedida pela juíza Rosália Guimarães Sarmento no âmbito da ação penal que resultou na condenação de Luciane a dez anos de reclusão pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Luciane, que é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas” — uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas —, estava recorrendo da sentença em liberdade. No entanto, com o esgotamento dos recursos, o processo transitou em julgado, tornando sua prisão definitiva.
Reuniões com o Ministério da Justiça
Em meio ao avanço das investigações, veio à tona que Luciane Barbosa participou de reuniões no Ministério da Justiça durante a gestão de Flávio Dino. Em 2024, ela foi recebida em duas ocasiões por autoridades da pasta. Em março, se reuniu com Elias Vaz, então secretário de Assuntos Legislativos, e, em maio, com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. No entanto, seu nome não consta nas agendas oficiais dessas autoridades.
Quem é Luciane Barbosa
Luciane se apresenta como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma organização que supostamente atua na defesa dos direitos humanos e fundamentais de presos. No entanto, o Ministério Público do Amazonas aponta que o crime organizado seria o verdadeiro financiador das atividades da entidade.INS
De acordo com as investigações, Luciane desempenhava um papel estratégico dentro do esquema criminoso, sendo responsável pela “inteligência financeira” da facção. A promotoria afirma que ela ocultava valores oriundos do narcotráfico por meio da aquisição de veículos de luxo, imóveis e empresas de fachada, conhecidas como “laranjas”.
A prisão da “Dama do Tráfico” marca um novo capítulo no combate ao crime organizado no Amazonas, reforçando a conexão entre facções criminosas e tentativas de infiltração em espaços institucionais do governo.
Créditos: Revista Oeste
