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Investigado pela PF, Eduardo Braga antecipa campanha eleitoral e se considera ‘a esperança para o Amazonas’

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Amazonas – Durante um evento realizado pelo Congresso Nacional no último domingo (1º), na cidade de Silves (a 200 quilômetros de Manaus), o senador Eduardo Braga (MDB/AM) usou de seu staff de gabinete e da liberação de recursos públicos, para se auto intitular como a “esperança para o Amazonas”. Braga será candidato ao Governo do Estado em 2022 e aproveitou o evento para fazer uma espécie de campanha eleitoral disfarçada.

Segundo especialistas, a conduta de Braga compromete a disputa igualitária pelo comando do Estado no próximo pleito eleitoral, já que nem todos os candidatos possuem a mesma estrutura e a antecipação temporal para se lançar ao eleitor. O parlamentar é apontado também como suspeita de abuso de poder político.

Durante o evento ao lado de aliados, havia faixas para ‘homenagear’ o senador com a frase sobre a liberação de emendas para cidade: “Silves agradece ao senador Eduardo Braga pelos R$ 8,4 milhões em recursos”. Tendo essa mensagem como pano de fundo, o senador, candidato ao governo do Amazonas, discursou:

“A esperança de dias melhores está chegando e essa esperança tem nome e sobrenome Eduardo Braga, e os nossos amigos que podem construir a esperança de dias melhores para o povo do Amazonas. Muito obrigado, que Deus abençoe a todos”, discursou Braga.

Antes de falar sobre o próprio futuro, o senador induziu e orientou os participantes da reunião – moradores da cidade de Silves – a envolverem parentes e amigos em Manaus em um formato de “corrente solidária política”.

“Amigos, todo mundo fala, os nossos adversários, que nós não somos capazes de mobilizar a cidade de Manaus. Como é que nós não somos capazes, qual é o pai, qual é a mãe, qual é o filho, qual é o amigo que não quer algo melhor para si e para os seus?”, disse Braga.

Vale ressaltar que o senador que acredita ser a “esperança para o Amazonas” continua sendo  investigado pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP/AM), segundo informações obtidas no site do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas investigações da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduardo Braga e outros senadores medebistas foram apontados de terem sido comprados em seus apoios à reeleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República em 2014. O valor da propina teria sido de R$ 40 a 46 milhões.

Na época, O jornal O Estado de São Paulo publicou no Blog de Fausto Macedo a reportagem de Luiz Vassallo, Fausto Macedo e Rafael Moura, a cópia dos autos do inquérito e a movimentação mais recente das investigações.

Veja documento exibido na reportagem 

 


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