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Herança maldita: Wilson Lima pega o Estado com um rombo de R$ 3 bilhões

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Manaus- Na coletiva de hoje 02/01 na sede do Governo, bairro Compensa II, zona oeste, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que o descontrole e à falta de compromisso e responsabilidade na gestão dos recursos públicos o déficit orçamentário de R$ 1,5 bilhão e a dívida superior aos R$ 867 milhões, identificados pela equipe de transição do Governo, nas contas do Estado.

O documento, que tem mais de oitocentas páginas e está disponível para consulta no portal www.amazonas.am.gov.br, aponta que o Governo do Amazonas inicia o ano de 2019 com menos R$ 1,5 bilhão no orçamento, valor abaixo dos custos com os contratos vigentes para o ano. Por isso, adiantou o governador, os contratos serão revistos no prazo de um mês.

O relatório apontou que houve um aumento de dez por cento nos gastos com pagamento de pessoal, mas o orçamento destinado a essa área não acompanhou. Ele foi estimado em R$ 5,8 bilhões para 2019 e é menor do que os R$ 6,4 bilhões usados em 2018.

Serão R$ 600 milhões a menos no caixa para pagamento de pessoal, em um ano em que o Governo tem reajustes escalonados previstos para servidores e concursos públicos em andamento. Entre as áreas em que a situação também é preocupante está a da saúde, com déficit de R$ 280 milhões para pagamento de cooperativas médicas, gastos que têm impacto nas despesas com pessoal.

Já na Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) o governo está há três meses sem pagar o aluguel de 131 viaturas do tipo pick-up contratas para atender o Programa Ronda no Bairro no Amazonas. A dívida referente ao contrato firmado em 2015 soma R$ 3,1 milhões.

A notificação foi enviada pela empresa CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais Ltda na primeira quinzena de dezembro ao governo e à SSP-AM sob pena da suspensão dos serviços prestados. “A CS Brasil vem há tempos se empenhando em diversas tratativas com a contratante visando solucionar as questões financeiras relativas ao contrato nº 006/2015”, diz um trecho do documento.

A empresa aponta que o valor de julho acumula juros de R$ 33,6 mil e o total chega a R$ 1,05 milhão. Já os valores de setembro e outubro são de R$ 951,6 mil e de R$ 1,1 milhão, respectivamente, segundo a notificação.

O déficit orçamentário ultrapassa a casa de um bilhão de reais em despesas não comprovadas em gastos públicos superfaturados.


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