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Grupos protestam em frente a hotel em que Lula participa de seminário

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Manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff protestam na manhã desta segunda-feira (25) em frente ao hotel Hotel Maksoud Plaza, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do seminário “Democracia e Justiça Social” da Aliança Progressista.

O evento é organizado pelo PT e conta com a participação de organizações partidárias da África, Ásia, América Latina, Oceania e Europa, entre elas o PRD do México, o Partido Democrático Italiano e o social democrata (SPD) alemão.

Os dois grupos ocupam a mesma calçada da rua São Carlos do Pinhal, onde fica o hotel e a PM acompanha. No início da manhã, uma mulher de amarelo tentou agredir uma pessoa de vermelho e a Polícia MIlitar foi acionada. Desde então, os atos estão tranquilos.

Do lado dos contrários ao impeachment, com manifestantes vestindo vermelho há faixas dizendo que “não vai ter golpe, já está tendo luta” e cartazes com as fotos do vice-presidente Michel Temer e a frase: “quem ganha com o impeachment? e “Denunciado na lista da Lava Jato”.

“Ficamos sabendo [do protesto] por causa de um perfil fake do juiz Sergio Moro, que alguém daqui acompanha e viu o chamado. Esse perfil compartilha protestos contra o PT. Ontem à noite liguei no Maksoud para confirmar. Aqui é tudo voluntário, apesar do que eles gritam. Quero ir na 25 de Março comprar vuvuzela e megafone, com meu dinheiro mesmo, porque eles estão mais bem equipados e fica difícil  fazer mais barulho só com a voz”, diz Edna Aguilar, enfermeira aposentada.

“É um absurdo essa perseguição. Tem tanto político corrupto para ir atrás. Essa crise econômica tem outros motivos e tentam voltar a culpa de tudo para Dilma e Lula, e isso é orquestrado por empresários e pela mídia”, completou.

Do lado oposto, manifestantes favoráveis ao impeachment estão com camisas amarelas e cartazes com “Sou +Moro [em referência ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro”, “tchau, Dima” e “Fora PT”.

“[O blog] O Antagonista falou ontem que o Lula estaria aqui, e um começou a chamar o outro. Vim porque eu quero ver o Lula preso. Isso é necessário para passar esse Brasil a limpo. O intuito é não deixar petista sair em lugar público. Político corrupto não pode sair em lugar público. Se quiser vai sair em Miami, em outro lugar, que saia, mas aqui não. E não é só petista, é corrupto de qualquer partido”, disse Patrick Folena, empresário.

Seminário
Entre os presentes estão o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D’Alema, Presidente da Fundação de Estudos Progressistas Europeus e Monica Xavier, Secretária-Geral do Partido Socialista do Uruguai. Também estão presentes representantes de organizações partidárias, sindicais e de juventude da Argentina, Índia, Romênia, Nepal, Camarões, Suécia e Israel, entre outros.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, focou seu discurso na crise política que ocorre no Brasil e no processo de impeachment da presidente Dilma, o qual chamou de golpe.
Ele citou o golpe militar de 1964 e afirmou que agora grupos reacionários “aliciam inimigos da democracia nos tribunais, no Ministério Público e na Policia Federal, estimulados e protegidos pela mídia monopolista”.

Falcão disse ainda esperar “contar com a solidariedade de todos os países para que esse atentado à democracia não se consume”.


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